Quem é o professor segundo o projeto escola sem partido? Um processo de silenciamento e depreciação docente

Autores

  • Luciene Fernandes Loures Universidade Federal de Juiz de Fora/ Doutoranda em Linguística http://orcid.org/0000-0003-3145-9204
  • Thais Fernandes Sampaio Universidade Federal de Juiz de Fora/ Professora adjunta do Departamento de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. http://orcid.org/0000-0003-0592-9516

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p216-232

Palavras-chave:

Escola sem Partido, análise do discurso, professores, silenciamento, depreciação.

Resumo

O presente artigo pretende demonstrar, através da análise dos PLs nº7180/2014 e nº867/2015, como o movimento Escola sem Partido contribui para o silenciamento e depreciação dos professores. Como base teórica, utilizou-se Bauman (2001; 2005; 2008), além de discussões de Apple (2006; 2017) sobre a educação “à direita”, o processo de identidade docente de Giroux (1997), Spivak (2012) e Bohn (2013), assim como o conceito de silenciamento trazido por Orlandi (2007). Através das análises, foi possível identificar a forte presença de grupos neoliberais, neoconservadores e fundamentalistas religiosos em nossa educação e também traçar o perfil docente segundo os defensores do movimento: doutrinador, manipulador, influenciador, explorador, criminoso, autoritário, opressor e esquerdista. A falácia da neutralidade do ensino é uma tentativa de calar a voz de uma classe que representa 2,5 milhões de profissionais. Diante desse cenário, faz-se necessário repensar os cursos de formação docente. O futuro professor precisa reconhecer-se como profissional e intelectual para conseguir formar alunos conscientes de seu papel e de sua importância na sociedade.

 

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Biografia do Autor

Luciene Fernandes Loures, Universidade Federal de Juiz de Fora/ Doutoranda em Linguística

Doutoranda em Linguística pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Thais Fernandes Sampaio, Universidade Federal de Juiz de Fora/ Professora adjunta do Departamento de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Doutora em Linguística, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2010). . Atualmente, é professora adjunta do Departamento de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora e coordenadora do mestrado profissional em Letras (PROFLETRAS/Unidade UFJF).

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Publicado

2020-07-04

Como Citar

LOURES, L. F.; SAMPAIO, T. F. Quem é o professor segundo o projeto escola sem partido? Um processo de silenciamento e depreciação docente. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 29, n. 58, p. 216–232, 2020. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p216-232. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/8137. Acesso em: 12 nov. 2024.