A sala de aula sob a vontade da neutralidade de sentidos
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p119-133Palavras-chave:
Interpretação, Linguagem, Escola sem Partido.Resumo
RESUMO: Em meio às disputas políticas entre partidos conservadores e progressistas nos últimos anos, a sala de aula tem sido um espaço de intensa disputa de sentidos. Uma interpretação que tem sido frequente sob a ótica conservadora é a de que, ao invés de ser um espaço politicamente neutro, a sala de aula tem sido lugar de doutrinação política, ideológica e moral por parte de docentes. Uma das iniciativas que visa a legislar contra o que foi chamado de “abuso da liberdade de ensinar” é o Programa Escola Sem Partido. Neste artigo, a partir de uma perspectiva discursiva de linguagem, realizamos uma análise discursiva do site informativo desse programa. Observamos, intra e interdiscursivamente, como a escola, os conteúdos didáticos, o professorado e o alunado são objetificados a partir de um ideal de língua como instrumento de comunicação e de sala de aula como ambiente do sujeito-suposto-saber, controlado e consciente.
Downloads
Referências
DARWIN, C. The Origin of Species / A Origem das Espécies. Leça da Palmeira: Planeta Vivo, 2009. Disponível em: http://darwin-online.org.uk/converted/pdf/2009_OriginPortuguese_F2062.7.pdf. Acesso em: 12 mar. 2020.
FARACO, Carlos Alberto. Linguagem e diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola, 2009.
FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do saber. Trad. Luiz Felipe Baeta neves. 3. Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. Aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 1970. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio. 5. Ed. São Paulo. Edições Loyola. 1996.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. Trad. Salma T. Muchail. 8. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
FOUCAULT, Michel. Ética, sexualidade, política. 1926 - 1984 Manuel Barros da Motta (org.). Trad. Elisa Monteiro, Inês Autran Dourado Barbosa. 2. Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. 29. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
GIROUX, Henry. A. Los profesores como intelectuales transformativos. In: GIROUX, H. A. Los profesores como intelectuales: hacia una pedagogía crítica del aprendizaje. 7ed. Traducción de Isidro Arias. Barcelona: Ediciones Paidós, 1990, p. 171-178.
HASHIGUTI, Simone Tiemi. Body and difference in the EFL classroom. São Paulo, Universidade de São Paulo - USP, 2016. (Comunicação oral).
IGNÁCIO, Sebastião Expedito. Ação, agentividade e causatividade em estruturas oracionais de ação-processo. In: Estudos Lingüísticos XXXVI(1), janeiro-abril, 2007. p. 126-132.
INGNÁCIO, Sebastião Expedito. Parâmetros para um dicionário de valência verbal. In: Alfa : Revista de Linguística. 49. 2005.
NEVES, Maria Helena de Moura. A interface sintaxe, semântica e pragmática no funcionalismo The interface syntax, semantics and pragmatics in functionalism. In: D.E.L.T.A., 33.1, 2017 (25-43).
PÊCHEUX, Michel. O Discurso: Estrutura ou Acontecimento. 3ª Ed. Trad. Eni Puccinelli Orlandi. Campinas: Pontes, 2002.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Trad. Eni P. Orlandi et al. Campinas: Ed. UNICAMP, 1997.
SOUSANIS, Nick. Unflattening. Cambridge: Harvard University Press, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017