O cenário da formação de professores dos anos iniciais

o caso da cidade do Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n66.p235-258

Palavras-chave:

Formação de Professores, Profissionalização docente, Anos iniciais

Resumo

Este trabalho tem como objeto de estudo a formação de professores dos anos iniciais na cidade do Rio de Janeiro. Procurou-se compreender como a formação de professores tem se efetivado e identificar a influência na profissionalização docente. Os dados são produzidos a partir do Enade, Censo da Educação Básica e Superior de 2017. Os interlocutores teóricos são os estudos de formação e profissão docente. O texto mapeia três cenários: Os professores dos anos iniciais em atuação; O curso de pedagogia como lócus de formação de professores dos anos iniciais; O curso normal: presente!  Identifica-se que é preciso apostar em um processo de universitarização articulado com a escola, visando à identificação de um conjunto de saberes, de elementos identitários e éticos que caracterizem a profissão. Professores em atuação e pesquisadores precisam se aproximar produzindo o novo, resgatando o antigo e articulando experiências para a consolidação de um lugar de formação de professores

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silvana Soares de Araujo Mesquita, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutora em Educação (PUC-RJ). Possui graduação em Ciências-licenciatura pela UNIGRANRIO (1991) e Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2009). Especialização lato sensu em Gestão Escolar (UFJF) e em Ensino de Ciências (UERJ). No ano de 2017, recebeu o Prêmio Capes de Tese na área de Educação. Professora assistente e Coordenadora da Graduação em Pedagogia do Departamento de Educação da PUC-RJ, leciona as disciplinas na área de Didática, Currículo e Formação de Professores na graduação e Pós Graduação (mestrado e doutorado). Durante sua trajetória profissional, atuou como docente na educação básica, das séries iniciais ao ensino médio, na formação de professores do Curso Normal e como gestora escolar. Integrou os projetos de Formação Continuada de professores de Ensino Médio (Pacto Nacional/MEC), de produção de material de apoio didático -pedagógico pelo CEDERJ e na avaliação de
livros Didáticos (PNLD/MEC). Possui experiência profissional na área de Formação de Professores, Práticas Pedagógicas,
Currículo, Ensino de Ciências e Gestão Escolar. Coordena o Grupo de Pesquisa PROFEX- PUC-Rio de estudos sobre a
profissão, formação e exercício docente. Desenvolve pesquisas sobre Didática, Trabalho e Profissionalização Docente, Politicas Curriculares, juventude e ensino médio.

 

Referências

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Emenda constitucional nº 59 de 11 de novembro de 2009. Brasília, 2009a.

BRASIL. Ministério da educação. Censo da educação básica. (microdados). Brasília, 2016.

BRASIL. Ministério da educação. Censo da educação básica. (microdados).Brasília, 2017a.

BRASIL. Ministério da educação. Censo do Ensino Superior (microdados). Brasília, 2017b.

BRASIL. Ministério da educação. ENADE. Brasília, 2017g.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP 1/2006. Institui diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em pedagogia, licenciatura. Brasília, DF: MEC, 2006.

ALMEIDA, L. et al. Democratização do acesso e do sucesso no ensino superior: uma reflexão a partir das realidades de Portugal e do Brasil. Revista da Avaliação da Educação Superior. Campinas: v. 17, n.3, p. 899-920, Nov. 2012

ASSIS, L. O curso de formação de docentes, modalidade normal, em nível médio – questões atuais em perspectiva histórica, In: XI Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, Curitiba, 2015

BARBOSA, I.G. Formação de professores em diferentes contextos: historicidade, desafios, perspectivas e experiências formativas na educação infantil. Poíesis Pedagógica, Catalão-GO, v.11, n.1, p. 107-126, jan/jun. 2013

BOURDONCLE, R. L’université et les professions. Un itinéraire de recherche sociologique. Paris : L’Harmattan, 1994.

BRZEZINSKI, I. Embates na definição das políticas de formação de professores para a atuação multidisciplinar nos anos iniciais do Ensino Fundamental: Respeito à cidadania ou disputa pelo poder? Educ. Soc, Campinas, ano XX, nº 68, Dezembro, 1999.

FERNANDES, C. O que a escola pode faer com os resultados dos testes externos? In:VILLAS BOAS, Maria Benigma (org) Quando a avaliação contribui para a organização do trabalho pedagógico da escola. São Paulo, Papirus, 2017

GATTI, B. A. Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educ. Soc Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, 2010

GATTI, B; BARRETO, E; ANDRÉ, M. e ALMEIDA, P. Professores do Brasil: novos cenários de formação. Brasília: UNESCO, 2019.

GATTI, Bernadete e BARRETO, Elba. Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO, 2009.

LELIS, I. (org). Formação de professores e experiência docente. Rio de Janeiro: 7 letras, 2019.

LELIS, I.et al O exercício do magistério em uma rede privada de ensino: adesão às regras institucionais. IN: XI Seminario Internacional de La Red Estrado, Mexico, 2016

MARAFELLI, C.M; RODRIGUES, P.A.M; BRANDÃO, Z A formação profissional dos professores: um velho problema sob outro ângulo1. Cad. Pesqui. São Paulo.vol.47 no.165 São Paulo July/Sept. 2017.

MAUÉS, Olgaíses as políticas de formação de professores:a “universitarização” e a prática, Série-estudos, Campo Grande, MS. N.16, jul/dez, 2003

NEUBAUER, R.. e DAVI, C. Formação de professores das séries iniciais. Cad. Pesqui. São Paulo. Ed 87, 1997

NÓVOA, António. Entre a formação e a profissão: ensaio sobre o modo como nos tornamos professores. Currículo sem Fronteiras, v. 19, n. 1, p. 198-208, jan./abr. 2019

NÓVOA, António. Para um estudo sócio-histórico da gênese e do desenvolvimento da profissão docente. Revista Teoria e Educação, Porto Alegre, n. 4, p. 109-139, 1991.

PIMENTA, S. FUSARIII, J; PEDROSO, C; PINTO, H. Os cursos de licenciatura em pedagogia: fragilidades na formação inicial do professor polivalente. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 43, n. 1, p.15-30, jan./mar. 2017.

ROLDÃO, M.C. Conhecimento, Didática e Compromisso: o triângulo virtuoso de uma profissionalidade em risco. Cad. Pesqui.,47(166), 1134-1149. 2017.

SARTI, F. O triângulo da formação docente: seus jogadores e configurações. Educ. Pesqui. São Paulo, 2012, vol.38, n.2, pp. 323-338.

SARTI, F. Pelos caminhos da universitarização: reflexões a partir da masterização dos IUFM franceses. Educ. rev. Belo Horizonte vol.29 no.4 Dec. 2013

SARTI, F. O curso de pedagogia e a universitarização do magistério no Brasil: das disputas pela formação docente à sua desprofissionalização. Educ. Pesqui., São Paulo,v. 45, 2019.

SEEDUC. Resolução Seeduc nº 5.330, de 10 de setembro de 2015. Rio de Janeiro, 2015

SEEDUC. Resolução Seeduc nº 4.866 de 14 de fevereiro de 2013. Dispõe sobre a implantação e acompanhamento do currículo mínimo. Rio de Janeiro, 2013.

.SOUZA, D. e SARTI, F. (org) Mercado da Formação Docente: constituição, funcionamento e dispositivos. Belo Horizonte: Fino Traço Editora, 2014.

TROJAN, R. M. A Formação dos professores nos cursos de magistério de segundo grau. Educar em Revista, Editora UFPR Curitiba PR, v. 1, n.13, p. 67-74, 1997.

WEBER, S. Como e onde formar professores : Espaços em confronto. Educ. Soc, Campinas ano XXI, nº 70, Abril, 2000.

WITTORSKI. R. A contribuição da análise das práticas para a profissionalização dos professores. Cad. Pesqui. São Paulo. v.44 n.154 p.894-911 out./dez. 2014

Downloads

Publicado

2022-05-28

Como Citar

MESQUITA, S. S. de A. O cenário da formação de professores dos anos iniciais : o caso da cidade do Rio de Janeiro. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 31, n. 66, p. 235–258, 2022. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n66.p235-258. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/7746. Acesso em: 26 dez. 2024.