CURRÍCULO, GÊNERO E NORDESTINIDADE: O QUE ENSINA O FORRÓ ELETRÔNICO?
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2012.v21.n38.p%25pPalavras-chave:
Currículo. Gênero. Nordestinidade. Forró eletrônicoResumo
Esta tese teve como objeto os discursos das músicas de forró eletrônico e a regulação generificada de nordestinidades. Fundamentada nas teorias pós-críticas da educação, objetivou investigar regulações da nordestinidade forjadas com a produção de subjetividades generificadas nos discursos das músicas de forró eletrônico. A análise incidiu sobre fragmentos discursivos extraídos de músicas de forró eletrônico, adotando elementos de perspectivas metodológicas inspiradas nas análises foucaultianas. A pergunta central orientadora da investigação foi: como subjetividades generificadas vêm regulando nordestinidades no currículo do forró eletrônico?A tese defendida foi a de que o forró eletrônico concorre, via gênero, para uma erosão das linhas de continuidade que historicamente forjaram uma ideia de nordestinidade. O currículo do forró eletrônico regula nordestinidades porque ao mesmo tempo em que reforça antigos estereótipos que ajudaram a sedimentar uma determinada ideia do que seriam o Nordeste e seu povo, torna cada vez mais improvável defini-los por meio de um conjunto preciso, homogêneo e coerente de discursos, imagens e textos relativamente a gênero. Nas músicas de forró eletrônico são engendradas continuidades e descontinuidades enunciativas que concentram e diluem experiências da nordestinidade e que são endereçadas de modo a constituir biopoliticamente uma comunidade que é imaginada e que se imagina portadora de um estilo de vida que ganha corpo na figura do/a forrozeiro/a. Assim, o referido currículo não deixa de trair a nordestinidade tanto quanto possibilita que ela seja assimilada e reinventanda. Nessa traição, ele mostra a ficção de uma invenção – da sua própria e do Nordeste que o possibilitou.
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Atualizado em 15/07/2017