Os limites da formação docente e a educação das pessoas com deficiência nas licenciaturas
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2017.v26.n50.p49-61Palavras-chave:
Formação docente, Educação inclusiva, Políticas educacionaisResumo
O artigo trata da formação de professores para a educação de alunos com deficiência na escola básica brasileira. Problematizou-se a formação inicial e a temática focalizada, recorrendo-se aos dados coletados em pesquisa sobre as disciplinas e projetos pedagógicos de cursos de licenciatura de universidades federais. Identificouse a ausência de conteúdo político da educação escolar, da prática pedagógica e da formação docente, o que se expressa no modo como as licenciaturas tratam a educação das pessoas com deficiência. Recorreu-se às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica para criticar as políticas educacionais e sustentar que os cursos de licenciatura não possibilitam aos seus alunos o aprofundamento teórico sobre a educação inclusiva e os problemas enfrentados na escola. Tais diretrizes reafirmam a função docente pautada na valorização da técnica como fim em si mesma e, por isso, como técnica de adaptação e controle social. A argumentação parte de uma perspectiva crítica a respeito da educação, baseada nos escritos de T. W. Adorno e no conceito de formação do indivíduo.
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Atualizado em 15/07/2017