O não saber socrático e a educação: o desafio de aprender a pensar

Autores

  • Giorgio Borghi Faculdade São Bento da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2013.v22.n39.p%25p

Resumo

Este artigo analisa o problema do tipo de saber que está em jogo na educação, refletindo sobre o sentido do não saber socrático que se contrapõe ao saber tradicional da pólis e ao novo saber dos sofistas. Considerando a relação entre saber e pensar, a nossa atenção se concentra sobre o diálogo platônico Apologia de Sócrates, onde encontramos a primeira tematização do conflito entre a visão tradicional e a visão filosófica da educação. Para uma correta compreensão desse conflito é necessário entender a nova relação que a filosofia inaugura com a dimensão transcendente da verdade, que se torna decisiva para uma paideia de tipo socrático, a ponto de ser considerada motivo suficiente para a condenação à morte do filósofo. O que torna ameaçadora a atitude de Sócrates em relação à educação é o seu misticismo filosófico monoteísta, que relativizatanto o antropomorfismo das verdades consideradas intocáveis pelos religiosos, como o antropocentrismo absoluto da visão dos sofistas.

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Biografia do Autor

Giorgio Borghi, Faculdade São Bento da Bahia

Doutor em Filosofia pela Universidade de Bologna. Professor Emérito da Faculdade São Bento da Bahia

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Publicado

2013-06-23

Como Citar

BORGHI, G. O não saber socrático e a educação: o desafio de aprender a pensar. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 22, n. 39, 2013. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2013.v22.n39.p%p. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/332. Acesso em: 22 dez. 2024.