(Trans)Vivências e Experiências de Escolarização na Educação de Jovens e Adultos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2023.v32.n72.p204-219

Palavras-chave:

Educação de Jovens e Adultos. Travestis e Transexuais. Gênero e Sexualidade.

Resumo

Apresenta-se um estudo de doutoramento na Educação de Jovens e Adultos (EJA) em articulação com as questões de gênero e sexualidade vivenciadas por estudantes travestis e transexuais. Tem como objetivo compreender os significados na vida cotidiana de travestis e transexuais com base em suas experiências na EJA. Os estudos de Arroyo (2014, 2017), Bento (2011), Freire (1996, 2001, 2018), hooks (2017, 2019), Oliveira (2017, 2020), e outros/as, contribuíram para a investigação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que ressalta a produção de (trans)pesquisadoras e analisa as escrevivências (EVARISTO, 2020) das cartas-corpo escritas por autoras-participantes. Os principais resultados permitem apontar que as reflexões transpõem as relações de gênero, que se fundam em uma matriz colonial de poder, tendo na produção do saber, viver, sentir e existir a reprodução da lógica binária homem/mulher como um instrumento de dominação. Além disso, as experiências vividas e as vozes insurgentes constroem suas “cosmopercepções” de gênero e de educação, evidenciando o que enfrentaram na escola e na vida, com estratégias de transgressão e resistência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriela da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

Gabriela da Silva

CV: http://lattes.cnpq.br/7097533141226497

Minibiografia: Graduada em Letras Língua Portuguesa/Inglesa UNISUL. Especialista em Fundamentos da Educação UNESC. Mestra em Educação UNISUL. Doutora em Educação UFSC. Transfeminista e Transativista.

Endereço de Correspondência: Avenida Marcolino Martins Cabral, 2030.

Fone: (48)984079760

E-mail: geduca@hotmail.com

Titulação: Doutora

Instituição: Secretária Estadual de Educação de Santa Catarina

Cargo que ocupa: Professora Orientadora de Laboratório de Informática.

Grupo de Pesquisa: Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos.

Maria Hermínia Lage Fernandes Laffin, Universidade Federal de Santa Catarina

Maria Hermínia Lage Fernandes Laffin

CV: http://lattes.cnpq.br/8076122422477570

Minibiografia;

Possui graduação em Pedagogia, Habilitação em Orientação Educacional e Magistério pela Associação Catarinense de Ensino (1985), mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006) e Pós-doutorada pela Universidade do Estado da Bahia. Professora Associado III (aposentada e credenciada) da Universidade Federal de Santa Catarina atuando no Programa de Pós-Graduação em Educação/CED/UFSC Atuou como subcoordenadora do PPGE da UFSC (2016-2018) e coordenadora do curso de Pedagogia (2000 a 2002), do curso de aperfeiçoamento em Educação de Jovens e Adultos e Diversidade (2006-2008) e vice coordenadora do Curso de Especialização em Educação de Jovens e Adultos e Educação na Diversidade. (2009-2011) Membro do Fórum de EJA de SC (FEJA/SC) Coordenadora e Pesquisadora Cnpq no Projeto Fundamentos e Autores Recorrentes do Campo da Educação de Jovens e Adultos no Brasil (conclusão prevista para 2023) Coordena o projeto de pesquisa IMPLICAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E EDUCATIVAS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM PESSOAS ADULTAS E IDOSAS NO BRASIL (2022-2024). Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em EJA - EPEJA (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/9764085758306370) Coeditora da Revista Internacional de EJA - RIEJA (UNEB) e compõe o comitê editorial das revistas Atos de Pesquisa, Revista Extensio/UFSC e Revista Brasileira de Educação de Jovens e Adultos. Docente e pesquisadora da Educação de Jovens e Adultos. Pesquisadora Visitante pelo Edital n.25/21 CNPq, junto à Professora Gilvanice Musial no PPGE da UFBA. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4562-308X

Endereço institucional de correspondência;

Rua Maria Eduarda, 57, apto 401, Pantanal, Florianópolis/SC, Cep: 88040250

Telefones; 48 999805957

E-mail;herminialaffin@gmail.com

Titulação principal; Doutorado e Pós-doutorado

Instituição a que pertence UFSC

Cargo que ocupa; Docente e Pesquisadora

Grupo de pesquisa. Estudos e Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos

 

Referências

ANDRADE, Luma Nogueira de. Travestis na escola: assujeitamentos e resistências à ordem normativa. TESE (Doutorado) Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós- Graduação em Educação, Fortaleza, 2012. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/7600/1/2012-TESE-LNANDRADE.pdf. Acesso em: 09 ago. 2022.

ARROYO, Miguel Gonzalez. Passageiros da noite: do trabalho para a EJA, itinerários pelo direito a uma vida justa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

ARROYO, Miguel Gonzalez. Um outro paradigma pedagógico. In: CHACON, Daniel Ribeiro de Almeida (Org.). Pedagogia da Resistência: escritos a partir da vida e obra de Paulo Freire. Petrópolis, RJ: Vozes, 2021.

BENTO, Berenice. Na escola se aprende que a diferença faz a diferença. Revista de Estudos Feministas – REF, Florianópolis, v. 2, n. 19, p.548-559. Maio-agosto/2011. Disponível em: file:///C:/Users/Usuario/Downloads/21485-68548-1-PB.pdf. Acesso em: 06 mai. 2023.

COLLINS, Patrícia Hills. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. Tradução: Jamille Pinheiro Dias. 1. Ed. – São Paulo: Boitempo, 2019.

EVARISTO, Conceição. A escrevivência serve também para as pessoas pensar em. [Entrevista concedida à Tayrine Santana e Alecsandra Zapparoli]. Itaú Social; Rede Galápagos: São Paulo, nov. 2020. Disponível em: https://www.itausocial.org.br/noticias/conceicao-evaristo-a-escrevivencia-serve-tambem- para-as-pessoas-pensarem/. Acesso em: 17 fev. 2022.

FREIRE, Paulo. Política e Educação: ensaios. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 66. Ed.- Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2018.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 57. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GOMES, Nilma Lino. O Movimento negro brasileiro indaga e desafia as políticas educacionais. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), [S.l.], v. 11, n. Ed. Especial, p. 141-162, maio 2019. ISSN 2177-2770. Disponível em:

https://abpnrevista.org.br/index.php/site/article/view/687. Acesso em: 21 dez. 2022.

HADDAD, Sérgio. O Estado da Arte das pesquisas em Educação de Jovens e Adultos no Brasil: A produção discente da pós-graduação no período de 1986-1998. Ação Educativa, 2000. Disponível em: http://www.bdae.org.br/dspace/bitstream/123456789/2428/1/ejaea.pdf Acesso em: ago. 2019. Acesso em: 04 mar. 2019.

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.

HOOKS, Bell. Teoria Feminista: da margem ao centro. Tradução: Rainer Patriota. São Paulo: Perspectiva, 2019.

JESUS, Jaqueline Gomes. Xica Manicongo: a transgeneridade toma a palavra. Revista Docência e Cibercultura. Rio de Janeiro, volume três, n. 1, jan/abr. 2010. e-ISSN 2594- 9004. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re- doc/article/view/41817/29703. Acesso em: 31 jul. 2022.

JUNQUEIRA, Rogério Diniz. A “ideologia de gênero” existe, mas não é aquilo que você pensa que é. In: CÁSSIO, Fernando. Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. São Paulo: Boitempo, 2019, p. 135-140.

LAFFIN, Maria Hermínia L. F. Reciprocidade e acolhimento na educação de jovens e adultos: ações intencionais na relação com o saber. Educar, Curitiba, n. 29, Editora UFPR, 2007, p. 101-119.

NASCIMENTO, Letícia Carolina Pereira do. (NASCIMENTO, Romário Ráwlyson Pereira do.) Descolonizando sexualidades e currículo na escola: confetos produzidos por jovens da Ilha. Dissertação (Mestrado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Piauí - Teresina, 2014.

OLIVEIRA, Megg Rayara Gomes de. O diabo em forma de gente: (r) existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação. Tese (Doutorado em Educação). Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2017.

OLIVEIRA. Megg Rayara Gomes de. SIM, EU ACEITO! Conjugalidade, casamento e organização familiar negra durante o regime escravista no Brasil. Universidade Federal do Paraná. V. 15 N. 28. 2020.

REIDEL. Marina. A Pedagogia do Salto Alto: Histórias de Professoras Transexuais e Travestis na Educação Brasileira. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação, 2013. Disponivel em http://hdl.handle.net/10183/98604. Acesso em: 31 jul. 2022.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Coleção Feminismos Plurais. Belo Horizonte: Letramento, 2019.

SALES, Adriana. Travestis brasileiras e escola: cartografias do movimento social organizado aos gêneros nômades. 2018. Tese (Doutorado em Psicologia) – Faculdade de Ciências e Letras “Júlio de Mesquita Filho”. UNESP, Campus de Assis.

YORK, Sara Wagner. Tia, Você é Homem? Trans da/na educação: Des(a)fiando e ocupando os"cistemas" de Pós-Graduação. 2020. 185 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.

Arquivos adicionais

Publicado

2023-11-17

Como Citar

DA SILVA, G.; LAGE FERNANDES LAFFIN, M. H. .; DE MORAES MAIA VIGANO, S. (Trans)Vivências e Experiências de Escolarização na Educação de Jovens e Adultos. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 32, n. 72, p. 204–219, 2023. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2023.v32.n72.p204-219. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/17630. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático 72