Ações educativas desenvolvidas por prostitutas organizadas
tecendo confiança e autonomia
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2015.v24.n43.p161-169Palavras-chave:
Saber de experiência. Prostitutas. Confiança. Educação popular.Resumo
O presente artigo é elaborado com base em reflexões tecidas ao longo de pesquisa de pós-doutoramento realizada com prostitutas que fazem parte de associações da categoria localizadas nas cidades de Belo Horizonte (MG), Campina Grande (PB), João Pessoa (PB) e Recife (PE), com intuito de desvelar processos educativos consolidados no exercício do trabalho sexual e na trajetória de militância dessas mulheres na busca por seus direitos. Com base no referencial da Educação Popular, ao longo do percurso metodológico desta investigação buscamos – pesquisadora e prostitutas – identificar e analisar saberes de experiência construídos nas ações educativas e culturais desenvolvidas por essas mulheres. Os resultados da investigação engendram
o entendimento de que o processo de organização de prostitutas em associações
tem sido relevante para fortalecer a leitura crítica da realidade, possibilitando o
desenvolvimento da autoestima e autoconfiança necessárias capazes de impulsioná-las ao engajamento na busca por seus direitos. As ações educativas realizadas por essas mulheres funcionam como círculos de cultura, nos quais elas vêm apresentando seus anseios, sua estética e afirmando sua condição de sujeito.
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Atualizado em 15/07/2017