PESQUISANDO NOS COTIDIANOS DA CIBERCULTURA: UMA EXPERIÊNCIA DE PESQUISA-FORMAÇÃO MULTIRREFERENCIAL
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2015.v24.n44.p69-82Palavras-chave:
Cibercultura. Cotidianos. Multirreferencialidade. Formação de professores.Resumo
Este artigo é parte da pesquisa A tessitura do conhecimento via Mídias Digitais e Redes Sociais: itinerâncias de uma pesquisa-formação multirreferencial, realizada em 2011, que investigou como os professores vêm utilizando as mídias digitais em rede. Dialogamos com as abordagens da pesquisa-formação multirreferencial (Ardoino, Macedo e Santos), com as pesquisas nos/dos/com os cotidianos (Certeau, Alves), os estudos da cibercultura (Lévy, Lemos, Santaella, Santos) e da educação online (Santos, Silva). O trabalho desenvolveu-se a partir de uma experiência de pesquisa-formação com os professores-cursistas da disciplina Informática na Educação do Curso de Especialização em Educação com Aplicação da Informática (Edai) da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de janeiro (UERJ). A metodologia foi baseada em conversas presenciais na sala de aula, online no ambiente Moodle via WebQuest interativa e em imersão nas mídias e redes sociais da internet (Orkut, Twitter, YouTube, Blogger). Chegamos aos seguintes resultados: a) o digital em rede potencializa e faz emergir outros “espaçostempos” de aprendizagem e formação, proporcionando “fazeressaberesfazeres” autorais e colaborativos; b) as redes educativas são tecidas “dentrofora” do ciberespaço, das escolas e de outros espaços multirreferenciais; c) é preciso articular propostas de formação na escola, na universidade e no ciberespaço.
Downloads
Referências
ALVES, Nilda. A compreensão de políticas nas pesquisas com os cotidianos: para além dos processos de regulação.Educação e Sociedade, v. 31, n. 113, p. 1195-1212, 2010.
______. Sobre movimentos das pesquisas nos/dos/com os cotidianos. In: OLIVEIRA, Inês Barbosa de; ALVES, Nilda (Org.). Pesquisa nos/dos/com os cotidianos das escolas: sobre redes de saberes. 3. ed. Petrópolis, RJ: DP & A, 2008. p. 15-38.
ARDOINO, J. Abordagem multirreferencial (plural) das situações educativas e formativas. In: BARBOSA, J. G. (Coord.). Multirreferencialidade nas ciências e na educação. São Carlos: EdUFSCar, 1998. p. 8-58.
ARDOINO, J.; LOURAU, R. As pedagogias institucionais. São Carlos: RiMa, 2003.
BARBIER, R. A pesquisa-ação. Trad. Lucie Didio. Brasília, DF: Líber Livro, 2002.
BENSCHOP, Albert. Egypt: revolting with and without internet. Sociosite.org, 29 de junho de 2011. Disponível em: <http://www.sociosite.org/egypt.php>. Acesso em: 30 jun. 2011.
BRUNO, Fernanda. Entrevista Anonimato na Internet. Blog Dispositivos de Visibilidade e Subjetividade Contemporânea. 18 de junho de 2010. Disponível em: <http://dispositivodevisibilidade.blogspot.com.br/search?updatedmin=2010-01-01T00:00:00-03:00&updated-max=2011-01-01T00:00:00-03:00&max-results=33>. Acesso em: 29 jun. 2010.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
ESTEBAN, M. T; ZACCUR, E. A pesquisa como eixo de formação docente. In: ______ (Org.). Professora- -pesquisadora uma práxis em construção. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p. 7-54.
HOUAISS, A. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. (v. 1.0). Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.
INTERNAUTAS tiveram papel importante na cobertura do temporal no Rio. Globo News. Entre Aspas, abr. 2010. Disponível em: <http://globonews.globo.com/platb/entreaspas/2010/04/08/internatas-e-videos-colaborativos>. Acesso em: 08 ago. 2010.
JOSSO, M. C. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004.
LEMOS, A. Olhares sobre a cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2003.
______. Cibercidades. 2002. Disponível em: <http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/lemos/cibercidade.html>. Acesso em: 3 jan. 2010.
______. Cibercultura, tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2004.
LEMOS, A.; LÉVY, P. O futuro da internet: em direção a uma ciberdemocracia. São Paulo: Paulus, 2010.
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
MACEDO, R. S. Currículo: campo, conceito e pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
______. A etnopesquisa crítica e multirreferencial nas ciências humanas e na educação. Salvador: EDUFBA, 2000.
NOVAS manifestações na Tunísia pedem fim do governo de transição. RFI, Paris, jan. 2011. Disponível em: <http://www.portugues.rfi.fr/mundo/20110122-novas-manifestacoes-na-tunisia-pedem-fim-do-governo-de-transicao>. Acesso em: 20 fev. 2011.
NOTEBOOKS por aí - Internet Explorer. Youtube, mar. 2010. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=kMkjkli8zo4>. Acesso em: 29 mar. 2011.
PRETTO, N.; PINTO, C. C. Tecnologias e novas educações. Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 31, jan./abr. 2006.
SANTAELLA, L. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007.
SANTOS, E. O. Educação online: cibercultura e pesquisa-formação na prática docente. Salvador, 2005. 351 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (FACED/UFBA), Salvador, 2005.
______. Saberes da docência online: dialogando com a epistemologia da prática e com os saberes dos professores-tutores da UERJ-CEDERJ. Relatório CNPQ, 2009.
______. Cibercultura: o que muda na educação. Entrevista ao programa Salto para o Futuro. TV Escola, 11 jan. de 2011. Disponível em: <http://tvescola.mec.gov.br/tve/salto/interview;jsessionid=917073ECCBE3A5DE0CDC 62FBA62D1BEE?idInterview=8460>. Acesso em: 06 jun. 2011.
______. Educação online para além da EAD: um fenômeno da cibercultura. In: SILVA, Marco; PESCE, Lucila; ZUIM, Antônio (Org.). Educação online: cenários, formação e questões didático-metodológicas. Rio de Janeiro: Wak, 2010. p. 29-48.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017