O LUGAR DO "FALO" NO AMBIENTE PRISIONAL: conflitos e dissonâncias das identidades de gênero nos corpos que pertencem
Palavras-chave:
Execução criminal, Transexualidade, GêneroResumo
Conforme a Lei de Execução Penal, os presos devem ser separados por sexo, idade, gravidade do crime, entretanto, as mulheres trans cumprem pena nos alojamentos masculinos. O objetivo do estudo é esclarecer se deve ser levado em consideração o gênero atribuído ao nascimento ou identidade de gênero na escolha do alojamento para que se cumpra a finalidade da execução penal: a ressocialização. A inteseccionalidade que combina discriminações, coloca as pessoas trans como um ser excluído entre os excluídos. A população carcerária por si só já traz consigo o estigma da exclusão, mas as mulheres trans sofrem cumulações de exclusões no ambiente prisional. É preciso sempre levar em consideração a função social da pena, será que ao obrigar a transexual a cortar o cabelo e usar roupas de cunho masculino o objetivo da execução penal que é a ressocialização está sendo peremptório? Ou está sendo trilhado o caminho contrário? As mudanças dependem apenas do Estado e seus mecanismos ou o problema está dentro dos alojamentos e não fora?
Downloads
Referências
ARÁN, Márcia. (2006). A transexualidade e a gramática normativa do sistema sexo-gênero. Revista Ágora (UFRJ) [online]. 2006, vol.9, n.1, pp.49-63. ISSN 1516-1498. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/S1516-14982006000100004 >. Acesso em 20 fev 2019.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988
BRASIL. Lei de Execução Penal. Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984.
CRENSHAW, Kimberle W. (2004). A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. In: VV.AA. Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem. Disponível em < http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/09/Kimberle-Crenshaw.pdf> Data de acesso: 25.03.2019
CONSELHO NACIONAL DE COMBATE À DISCRIMINAÇÃO. Resolução Conjunta nº 1. 15 abr. 2014 Disponível em: < https://www.migalhas.com.br/arquivos/2018/7/art20180704-06.pdf> Data de acesso: 15.05.2019
DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. Tradução de Heci Regina Candiani. 1ª ed. São Paulo: Boi Tempo, 2016
GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. In: Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, Nº. 92/93 (jan./jun.). 1988b, p. 69-82.
VERGUEIRO, Viviane. Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. 2016. 244f. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal da Bahia. Salvador. 2015
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
O periódico é online e de acesso aberto e gratuito.