EXPERIÊNCIA COM EXU
Palavras-chave:
Experiência, Desconstrução, Exu.Resumo
Este texto é um relato de minha experiência que mudou significativamente a minha visão sobre o Orixá Exu, a partir dos meus estudos, como aluno especial do PPGER/Campus Sosígenes Costa, matriculado na disciplina Filosofia da Ancestralidade e Educação, ministrada pelo Professor Alexandre Oliveira Fernandes. Estes estudos, leituras e discussões em sala de aula me revelaram as inverdades construídas pelo colonizador europeu e pela Igreja católica contra as religiões de matriz africana e suas divindades, em um processo de dominação que gerou massacre de vidas e culturas, discriminação e preconceito que perduram até os dias de hoje. Isto não aconteceu sem resistência e Exu estava lá, na trincheira ou na encruzilhada movimentando e ecoando os gritos de liberdade. Cresci ouvindo as mentiras e mesmo militando nos movimentos sociais e consciente da imposição ideológica da classe dominante em vários aspectos, nesta singularidade, não havia associado a satanização de Exu com o sistema escravagista e de dominação. A desconstrução disto veio com estes estudos, gerando uma absoluta certeza de que me libertei das mentiras e me sinto mais fortalecido para lutar contra todo tipo de discriminação e preconceito, acreditando que a criminalização dos orixás e das religiões de matriz africana foi uma estratégia para imobilizar os negros, pobres, oprimidos e impedi-los de lutarem por justiça e liberdade.
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Referências
VERGER, Pierre. Orixás: Deuses Iorubás na África e no novo mundo. 5 ed., Corrupio,1997.
CONCEIÇÃO, José Mária Nunes Pereira. África um novo olhar. 1 ed. –Rio de Janeiro, CEAP, 2006.
UESB, “Zumbi-Exu” e outras questões identitárias em “a cabeça de zumbi” Odeere: revista do programa de pós-graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade – ISSN 2525- 4715. Ano 2, número 3, volume 3, Janeiro – Junho de 2017.
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