“Qual a Cor da Fé?”
prespectivas sobre o Racismo Religioso e o Silenciamento de Práticas Religiosas de Matriz Africana
DOI:
https://doi.org/10.52579/diapi.vol4.i.a19460Palavras-chave:
Intolerância Religiosa, Racismo Religioso, Direitos Humanos, Matrizes africanasResumo
O processo de colonização, em suas estruturas e desenvolvimento, apresentaram dentre suas formas de dominação e controle, o processo de evangelização, onde através da compreensão de superioridade nos aspectos religiosos, ocorre assim uma demonização das crenças, costumes, espiritualidades de diferentes países do continente africano. Entre os anos de 2019 a 2023, através de portais de informação e comunicação, observa-se um crescente aumento dos casos de invasão e depredação de terreiros de candomblé e umbanda além da perseguição para seus líderes religiosos. Tais comportamentos, muitas vezes são rotulados e denominados como Intolerância Religiosa, onde ocorre uma generalização, gerando assim diferentes problemáticas e debates. Nesse sentido, tem-se como enfoque uma análise aprofundada sobre o que é o racismo religioso, a partir do uso da metodologia bibliográfica, recorrendo a textos, artigos, teses que possam trazer contribuições para a diferenciação entre essa conceituação e as práticas de intolerância religiosa, além de apresentar como os direitos humanos além da constituição cidadã podem promover a prevenção desses elementos que negligenciam o direito à liberdade religiosa, além de observar os desafios atuais na promoção de leis que coíbam ações como depredação de templos sagrados, destruição de imagens de orixás, além dos processos de perseguição e violência física e verbal. Como resultados prévios, pode-se compreender que o uso da conceituação Racismo Religioso é de grande importância ao observar que determinados atos de violência e perseguição se articulam não unicamente em questões religiosas, mas também estão relacionadas a cor da pele, a ancestralidade e as origens, essas se diferenciando das sociedades ocidentais, onde ocorre um processo de silenciamento constante desses atos que rompem com os direitos humanos.
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