A POSSIBILIDADE DE FORMAÇÃO DE FAMÍLIAS ENTRE OS ESCRAVIZADOS NO PENSAMENTO CLÁSSICO BRASILEIRO

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.52579/diapi.vol3.i.a14939

Mots-clés :

Escravidão, Família, Historiografia, Cultura africana

Résumé

O presente artigo apresenta uma análise historiográfica da formação da família entre os escravizados, a partir de uma leitura revisionista em Robert W. Slenes, buscando avaliar como a virada historiográfica mudou o estudo sobre o tema em questão. A partir dessa observação, identificamos e abordamos a importância da virada historiográfica, no estudo sobre as famílias dos escravizados, o qual propiciou um novo olhar sobre a pesquisa histórica, proporcionado historicidade aos sujeitos antes marginalizados pela historiografia tradicional. Buscamos compreender em que contexto existe essa família negra escravizada, tão ignorada pela historiografia clássica. Identificamos essa família à luz da cultura africana.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Gabriela Silva Carvalho, Pontifícia Universidade Católica de Goiás: GOIANIA, GOIAS, BR

Mestranda em Ciências da Religião e Graduada em História pela PUC Goiás.  Membro do Grupo de Pesquisa Religião, Teologia e Sociedade/PUC Goiás e CNPq

Références

CHALHOUB, Sidney. SILVA, Fernando Teixeira. Sujeitos no imaginário acadêmico: escravos e trabalhadores na historiografia brasileira desde os anos 1980. Cad. AEL, v.14, n.26, 2009.

COSTA, Renata Assunção. A Escravidão Africana: A Família Cativa Balizada Pelas Relações De Trabalho E Poder Entre Os Escravos E Os Senhores No Sudeste Brasileiro Durante O Século XIX. Departamento de História – UFRN, 2010 Disponível em: < http://www.cchla.ufrn.br/shXVIII/artigos/GT17/renataassuncao.pdf> Acesso em 26 de maio de 2021.

FLORENTINO, Manolo; AMANTINO, Márcia. Uma morfologia dos quilombos nas Américas, séculos XVI-XIX. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.19, supl., dez. 2012, p.259-297.

FLORENTINO, Manolo; GÓES, José Roberto. A paz das senzalas: Famílias escravas e tráfico atlântico, Rio de Janeiro, c. 1790-c. 1850. São Paulo. Editora Unesp, 2017.

FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. Formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48ª ed. São Paulo. Global, 2003.

FREYRE, Gilberto. O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. 2. ed. aum. - São Paulo: Ed. Nacional; [Recife]: Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, 1979.

MOREIRA, Paulo R. Staudt. “Com ela tem vivido sempre como cão com gato”: alforria, maternidade e gênero na fronteira meridional. In. Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação. (Orgs.) XAVIER Giovana, FARIAS Juliana Barreto, GOMES Flavio. São Paulo: Selo Negro, 2012.

MOTTA, José Flávio. Família escrava no Brasil: uma incursão pela historiografia brasileira do século XXI. VIII Simpósio Nacional de História da População, 2019. Disponível em: https://www.academia.edu/42912534/Fam%C3%ADlia_escrava_no_Brasil_uma_incurs%C3%A3o_pela_historiografia_brasileira_do_s%C3%A9culo_XXI. Acesso em: 20 de abr. 2021.

PINTO, Fábio Carlos Vieira. Família escrava em São José Del Rei: aspectos demográficos e identitários (1830-1850). Dissertação (Mestrado em História). Departamento De Ciências Sociais, Universidade Federal De São João Del Rei- São José Del Rei. 2010 p.11.

QUEIROZ, Suely Robles Reis de. Escravidão Negra em Debate. In: Historiografia brasileira em perspectiva. (org.) Mary Del Priore. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1998, p. 103-117.

SAMARA, Eni de Mesquita. A Família Negra No Brasil. Revista de História, São Paulo, nº 120, p.27-44, jan/jul. 1989. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/18590. Acesso em: 12 de mar. 2021.

SILVA, Rosemary Francisca Neves. O servo de YHWH solidário com o povo escravo da Babilônia. 1ª ed. Curitiba, Brazil Publishing, 2020

SILVA, Rosemary Francisca Neves. Mulheres negras no brasil colonial e a privação da vivência de sua intimidade. In: Religião e (re)significação da intimidade. (org) LEMOS, Carolina Teles. Goiânia, Ed. da PUC Goiás, Ed. Kelps, 2012.

SLENES, Robert W. Na Senzala, Uma Flor- Esperanças e recordações na formação da família escrava. Brasil sudoeste, século XIX. 2ª ed. Campinas, SP. Editora da Unicamp, 2011.

SLENES, Robert W. "Malungu, ngoma vem!": África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP [S. l.], n. 12, p. 48-67, 1992. DOI: 10.11606/issn.2316-9036.v0i12p48-67. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/25575. Acesso em: 02 out. 2021.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. - Belo Horizonte Editora UFMG, 2010.

TERUYA, Marisa Tayra. A família na historiografia brasileira. Bases e perspectivas teóricas. In: Encontro Nacional de Estudos Populacionais, 12., Caxambú, 23-27 out. 2000. Anais. s.n. Disponível em: http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/2000/TodosA%20Fam%C3%ADlia%20na%20Historiografia%20Brasileira....pdf. Acesso em: 09 de out. 2021.

Téléchargements

Publié-e

2022-11-10

Comment citer

SILVA CARVALHO, G. A POSSIBILIDADE DE FORMAÇÃO DE FAMÍLIAS ENTRE OS ESCRAVIZADOS NO PENSAMENTO CLÁSSICO BRASILEIRO. Diálogos e Perspectivas Interventivas, [S. l.], v. 3, p. e14939, 2022. DOI: 10.52579/diapi.vol3.i.a14939. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/dialogos/article/view/14939. Acesso em: 21 nov. 2024.

Numéro

Rubrique

Dossiê Temático - Religião, Religiosidade(s), Espiritual(idade)(s), Pandemia e Políticas Públicas