Edições anteriores
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Revista Comsertões
v. 10 n. 1 (2021)Capa: "Notícias do dilúvio: um canto a Canudos"(Cia Biruta de Teatro, 2020)
Fotografia: Fernando Pereira
Atrizes: Cristiane Crispim e Camila Rodrigues
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Políticas da Vida
v. 9 n. 2 (2020)Educação pela Vida
São tempos vividos em intensidade. A Educação atravessa o tenebroso momento. E atravessa. Encontra caminhos, tem seus agentes ansiosos e amedrontados, mas realizando suas construções em meio ao caos: pandemia, desgoverno, fake news. Soluções encontradas na arte, na corporeidade, nas redes sociais, nas plataformas digitais. A Educação Pública, esse triunfo histórico da humanidade, produto de lutas políticas de outros tempos, tão agonísticos como esse, encontra novos rumos, “arranja-se com o que tem”. Mãos que digitam frenéticas, interfaces que se desdobram na cultura digital, corpos através de telas, vigorando falas de lucidez e fraternidade. Eis a tônica de edição especial da Revista Comsertões: Políticas da Vida na era da necropolítica. Sonhos de emancipação resistem, e insistem em vicejar, a despeito de todo um cenário de demolição e catástrofe. Impossível não falar da pandemia: enquanto essas linhas são escritas, ecoam as notícias de 190 mil mortes em nosso país. Um número maior que muitas guerras que nos precederam, e, por trás desses números, famílias desconsoladas, entes vitimados, amigos partindo. Um momento de pesar que pede recolhimento,e não apenas o uso de máscaras e álcool em gel. E com quantas máscaras haveremos de lidar em nosso encontro súbito conosco, na solidão do nosso confinamento?A poesia, a música, a artisticidade têm sido alguns de nossos refúgios, conforme alguns dos textos aqui publicados. Do outro lado, convivemos com informações desencontradas, fragmentos de distopias, aposta na ciência/ descrença da ciência, acordos escusos, desvios de verbas, figuras públicas em absoluta confusão mental. A razão cínica imperando entre os dirigentes, um ministro da Saúde sem credenciais, um presidente em surto egóico.
“E no entanto, é preciso cantar/ mais que nunca, é preciso cantar”. Assim diz a música de Vinícius de Moraes. Assim, essa edição assume o seu canto, a sua condição de registrar momentos inspiradores de resiliência: os professores, estudantes, agentes da Educação Pública, enfrentam os desafios e continuam sustentando suas ações em cenários imprevistos, sem saber em que resultarão esses esforços. A edição registra esperança e criatividade social, registra alternativas, tentativas, experiências, e essas não devem ser desperdiçadas.... suas lições são inscritas no fogo desse tempo, de perplexidades, opacidades e transparências. Os textos aqui reunidos cumprem esse propósito: trazer luz para as sombras, enfrentar os medos da caverna. Um olhar para dentro. E as máscaras continuam a cair. O riso cínico de muitos não sufoca o sorriso que se esconde por trás da prudência. Enquanto a ansiada vacina não chega, é preciso nos precaver, vacinar nossas consciências com a Educação: o ritmo acelerado de aprendizagens múltiplas não haverá de ser em vão. E a tessitura de cuidados permanecerá alimentando as esperanças da travessia. Este editor também participa de seu quinhão, através das práticas de yoga ensinadas através das plataformas digitais. Embora o Yogamundi, projeto de extensão financiado pela Pró-Reitoria de Extensão da UNEB, não participe dessa edição enquanto relato, participa ocultamente de sua feitura: convida a ampliar a respiração, segurar o fôlego, expandir as possibilidades de sobrevivência. Sigamos, pois, respirando o suor dessas páginas e encontrando nelas, nossas chances de emancipação renovadas.
João José de Santana Borges (editor)
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Revista ComSertões
v. 6 n. 1 (2018)EDITORIAL
A motriz que nos garante a ComSertões de encerramento do ano repousa na esperança de cultivar formas cada vez mais plurais de resistência e emancipação. Pluralidade, aliás, é a marca desta nova edição, com a qual fechamos o ano de 2018, ou reabrimos as chances para “novas harmonias, bonitas, possíveis, mas sem juízo final”, como canta Caetano Veloso em sua música “Fora da Ordem”, de 1991, e tão atual, e tão necessária para os ouvidos dos habitantes desses tempos nossos.
Em tempos de “reexistência”, de reinventar a resistência, é que nos voltamos para o nosso lugar, e podemos apontar para formas renovadas de emancipação. Seja através das experiências com agroecologia, como um dos artigos deste número nos aponta. Seja também através de uma tática de recriação da linguagem e do letramento através dos memes como gêneros discursivos na esfera pública. Ou através da representação dos vaqueiros nas imagens produzidas pelo grupo de jornadas fotográficas do Vale do São Francisco, de autoria de Carla Paiva e Priscilla Silva.
Mas essa edição também nos brinda com cenários de uma educação emancipatória menos óbvia e menos evidente, como nos propõem os textos “Palavra úmida, uma abordagem fenomenológica do espetáculo Rio de Contas” e o “Pedagogia da Vida: uma educação em saúde desde si mesmo”. Aqui estamos a tratar de um lugar primevo, o próprio corpo, sujeito esquecido pelas ciências que têm, no Sujeito, seu principal horizonte de preocupação.
A ComSertões permanece pois, em estado taciturno de resistência, reexistência e emancipação. Palavras caras que povoam as mentes dos que, atentos e vigilantes, observam o cenário que se descortina para o ano vindouro. Que possamos resistir, reinventar, re-significar lugares e tempos que nos atravessam a experiência de mundo.
João José de Santana Borges
Editor-gerente da ComSertões
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Revista ComSertões nº 3
v. 3 n. 1 (2015)1-Discursos ideológicos sobre a seca construídos na literatura e na música, por Emanuel Andrade Freire – Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pág. 7.
2- O semiárido brasileiro na grande mídia: da estereotipia à proposição de novas perspectivas comunicacionais contextualizadas, por Uilson Viana de Sousa – Universidade do Estado da Bahia (UNEB-PPGESA). Pág. 19.
3- O lugar das pessoas nos projetos de desenvolvimento no Sertão da Bahia: histórias e memórias a partir de vozes ignoradas, por Aurilene Rodrigues Lima – Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pág. 32.
4- Radiodifusão Comunitária no Território Sertão do São Francisco, por Érica Daiane da Costa Silva e Karine Pereira da Silva – Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pág. 47.
5- Lexicografia catingueira em vozes do mato, por Lauana Sento Sé Vieira Santos e Cosme Batista dos Santos – Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pág. 58.
6-Complexidades no semiárido baiano: novos significados sobre o território nos municípios de Uauá e Canudos, por Cecílio Ricardo de Carvalho Bastos, Márcio Pedro Carvalho Pataro de Queiroz e Uilson Viana de Sousa – Universidade do Estado da Bahia (UNEB-PPGESA). Pág. 70.
7- Urbanidades e ruralidades no semiárido da Bahia: o olhar de um grupo de pesquisa da UNEB, por Celso Antonio Favero - Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pág. 80.
8- Corpo, ética e práxis: por uma sociologia pública da comunicação no campo da saúde, por João José Borges – Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pág. 96.
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ComSertões
v. 1 n. 1 (2013)SUMÁRIO
1. Entrevista Exclusiva com Bordenave - Homenagem Póstuma ao pioneiro da comunicação para o desenvolvimento rural, com material inédito, por Thomas Tufte – Universidade de Roskilde na Dinamarca. - pág. 5
2. Imagem Jornalística e Representações Sociais: A Imagem dos Sertões, por Juliana Andrade Leitão - Faculdade Joaquim Nabuco e Maria SalettTauk Santos Posmex/UFRPE. - pág.18
3. A Mídia e as Dizibilidades sobre o Semiárido Brasileiro, por Érica Daiane da Costa Silva – IRPAA. - pág.40
4. A comunicação social nas rádios comunitárias legalizadas do Sertão do Piauí, por Orlando Berti – UESPI. - pág.53
5. Entre história, memória e esquecimento: narrativas sobre a imprensa juazeirense, por Andrea Cristiana Santos – UNEB - pág.77
6. Comunicação para o desenvolvimento: Uma experiência crítica nos momentos de turbulência, por Aníbal Orué Pozzo - Universidade Nacional del Este (UNE). - pág.93
7- Resenha do livro: Televisão, Poder e Cidadania- A implantação da TV Pública no Brasil, por Jota Menezes, Jornalista (UNEB) e historiador (UPE). - pág.105