COSMOLOGIA E KILOMBOS
território ancestral e a retomada originária
DOI:
https://doi.org/10.38090/recs.2595-9980.v5.n9.4Resumo
Este ensaio apresenta uma crítica voltada às bases de sustentação dos modos de vida contemporâneo das sociedades ocidentais ou ocidentalizadas, sobejamente questionados em razão dos resultados constatados concernentes as incertezas quanto aos recursos naturais, tratados como matéria-prima para a produção de capital; e as relações sociais globalizadas, pautadas nas diferenças como denotativo de hierarquias. A intenção é demonstrar como a cosmovisão de uma cultura constitui-se um arcabouço de referências que orienta os comportamentos individuais, coletivos e políticos. Destacamos elementos e fenômenos oriundos dos modos de vida ocidental como herança da cultura eurocêntrica do colonialismo/imperialismo e, a contrapelo, as epistemologias do povo negro, transmitidas por meio das tradições orais, herança ontológica e cosmológica das sociedades africanas, como práticas contra-colonização do corpo, da natureza, do saber e do espírito. Evidenciado que há uma luta sendo travada no plano da cosmologia como disputa de projeto societário.
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