Contar, Recontar e Encantar

A contação de histórias em uma escola dos anos iniciais do município de Maracás - Bahia

Autores

Palavras-chave:

Contação de histórias; Anos iniciais; Imaginação.

Resumo

Este artigo traz, sinteticamente, a sistematização dos resultados de um estudo acerca da compreensão de como o lúdico é colocado em prática na contação de histórias, para potencializar imaginário das crianças dos anos iniciais do ensino fundamental I, de uma determinada escola da rede pública do município de Maracás –BA; assim como, analisar os desafios enfrentados pela professora para a prática de contar histórias no cotidiano da escola. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, inspirada no método do tipo etnográfico, na perspectiva histórico-cultural. Os dispositivos da pesquisa foram:  a observação e entrevista, realizada em uma escola de rede púbica, no município de Maracás-Ba com uma turma de 2° ano. Como principais resultados constata-se que: muitas vezes essa prática de contação de história é vista como uma atividade recreativa, focada no calendário comemorativo, sendo considerado como algo negativo ou desnecessário. Também ficou evidente que estes momentos só acontecem em dias específicos e mesmo nesses dias, a real intenção das educadoras não é a de potencializar a criatividade e o imaginário do aluno, e sim, cumprir com o planejamento escolar, já que a escola possui um projeto de leitura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marilete Calegari Cardoso, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Marilete Calegari Cardoso. Doutora em Educação (UFBA). Mestre em Educação (UFBA). Especialista em Psicomotricidade Relacional (UNILASALlE-RS).Professora Adjunta do Departamento de Ciências Humanas e letras na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Docente do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGed/UESB), na Linha 3: Linguagem e Processos de Subjetivação. Lider do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Ludicidade e Infância (GEPELINF/UESB). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Educação, Didática e Ludicidade – GEPEL/UFBA. Orcid:https://orcid.org/0000-0002-4088-8249 E- mail: marilete.cardoso@uesb.edu.br    

Referências

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.

ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. Campinas, SP: Papirus, 1995. p.15-26

BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade de São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006. Disponível em: https://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_odontologia/pdf/setembro_dezembro_2006/metodologia_pesquisa_bibliografica.pdf

CARDOSO, M, C. O Livre Brincar e a cultura lúdica infantil: experiência, performance e imaginário da criança. In: D’ÁVILA, C; FORTUNA, T. R. (Orgs.). Ludicidade, Cultura Lúdica E Formação De Professores. Editora CRV, Curitiba, 2018. pp.159-173.

COELHO, B. (2001). Contar Histórias: uma arte sem idade. 10. ed. São Paulo: Ática.

FINCO, Daniela; BARBOSA, Maria Carmen Silveira; FARIA, Ana Lúcia Goulart de (orgs). Campos de experiências na escola da infância: contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil brasileiro. Campinas, SP: Edições Leitura Crítica, 2015. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/135352

FONSECA, Edi. Interações: com olhos d ler, apontamentos sobre a leitura para a prática do professor da educação infantil. São Paulo: Blucher, 2012. (Coleção InterAções). é livro

GIL, A.C.Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 edição. São Paulo. Editora. Atlas. S.A. 2002.

GIRARDELLO, Gilka. Uma clareira no bosque: contar histórias na escola. Campinas, SP: Papirus, 2014.

GIRARDELLO, Gilka. Crianças inventando mundos e a si mesmas: ideias para pensar a autoria narrativa infantil. Childhood &Philosophy, Rio de Janeiro, v. 14, n. 29, jan.-abr. 2018. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1984-59872018000100071&lng=es&nrm=iso&tlng=pt

LEITE, Lígia Chiappini Moraes. Invasão da catedral: Literatura e ensino em debate. Porto Alegre: Mercado Aberto: 1983.

MANTOAN. M. T. Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer. São Paulo: Moderna, 2003.

OLIVEIRA, J. R. O prazer de aprender brincando. Niterói: Ática, 2010.

PEREIRA, Lucia Helena Pena; BONFIM, Patricia Vieira. Ludicidade e Formação da Criança no Primeiro Ano do Ensino Fundamental. Educação e Foco, Juiz de Fora,v.20, n. 3, p. 215-236, nov. 2015/ fev. 2016. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/edufoco/article/view/19545

PRIETO, Heloísa. Quer ouvir uma história: Lendas e mitos no mundo da criança. São Paulo: Angra,1999. Col. Jovem Século XXI

RIBEIRO, E. A Contribuição da contação de histórias para a aprendizagem na educação infantil. Curitiba, 2010, p.11

SANDRONI, Laura C; machado, Luís Raul. A CRIANÇA E O LIVRO: GUIA PRÁTICO DE ESTÍMULO À LEITURA. São Paulo, Ática, 1988.

SANTOS, Santa Marli Pires. Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis. Vozes. 2000b.

VARGAS, Jamily Charão; ZAVELINSKI, Angélica Lopes. Práticas Docentes no Ensino Fundamental: Reflexões Sobre o Brincar e o Estudar. Revista Didática Sistêmica, v. 13, n. 2, 2011. Disponível em: https://periodicos.furg.br/redsis/article/view/1859

SCHWARCZ, Luiz. Caderno de Leituras Orientações para o trabalho em sala de aula. companhia das Letrinhas. Editora Schwarcz S.A. São Paulo, 2013.

ZIRALDO. A escola não está preparada para a mágica da leitura. Nova Escola, Fundação Victor Civita, nº. 25, out. 1988.

Downloads

Publicado

06.05.2024

Como Citar

Vieira dos Santos, A., & Calegari Cardoso, M. (2024). Contar, Recontar e Encantar: A contação de histórias em uma escola dos anos iniciais do município de Maracás - Bahia. Revista CHO - Contação De Histórias E Oralidade, 2(1), 7–29. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/cho/article/view/19668

Edição

Seção

Artigos