Superfície e profundidade: Fluxos de sentido na poesia de Conrad Ferdinand Meyer
DOI :
https://doi.org/10.69969/revistababel.v11i.10347Mots-clés :
Conrad Ferdinand Meyer, Im Spätbot, Auf dem Canale Grande, ImagensRésumé
Conrad Ferdinand Meyer viveu entre 1825 e 1898, em Zurique na Suíça. Ao lado de Gottfried Keller e Jeremias Gotthelf, é uma das mais importantes vozes da literatura suíça do século XIX. Com uma produção literária ampla, o autor escreveu romances, novelas e poemas. Este artigo se volta para sua obra poética, analisando dois poemas em que imagens se destacam com princípio fundamental na organização de seu fluxo de sentido. Imagens representam uma forma de mediar, mas também de apreender a realidade, construindo com palavras um par indissociável na prática epistemológica. Nessa esteira, o conceito de consciência icônica buscar explicar como imagens impactam na formação de outras formas de conhecimento, além da representação linguística. A poesia de Conrad Ferdinand Meyer revela um desejo semelhante em pensar como imagens têm suas dinâmicas próprias no texto poético. Assim, com foco no fluxo entre superfície e profundidade, este artigo deseja discutir os poemas “Im Spätbot” e “Auf dem Canale Grande”, a fim de analisar a relação entre imagens e palavras como fluxos icônicos, nesses poemas. A discussão dos dois poemas deseja verificar de que modo representações visuais e verbais confluem, a fim de desvelar dimensões de sentido que permanecem num fluxo entre superfície e profundidade.
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