Melancólico sopro de vida: a poética de Sylvia Plath e a humanidade confessional
DOI:
https://doi.org/10.69969/revistababel.v9i2.7628Palavras-chave:
Representações da melancolia, Sylvia Plath, Humanidade confessional, Poética anglófonaResumo
Este subprojeto pretende discutir as relações da melancolia, como matéria lírica, na dicção poética de Sylvia Plath (1932-1963), sobretudo, quando esta revela aspectos do processo de humanização, a partir de um tom confessional a manifestar inquietações existenciais, como temas recorrentes aos artífices da palavra poética na modernidade. A partir deste recorte, o entendimento de humanização que este trabalho acolhe perpassa em trazer o homem de volta a si mesmo, aspecto possível através do aparato poético, na medida em que possibilita observar empenhos da função humanizadora, como uma das formas de resistência e sobrevivência primordial na lírica plathiana ante aos valores utilitaristas da modernidade. Por este olhar, e, através de leituras contextuais de poemas representativos de Sylvia Plath evidencia-se a metodologia de caráter bibliográfico-documental; buscam-se evidências entre a representação da melancolia, como palavra destroço, e a humanidade, como categorias suplementares, embora aparentemente opostas. Portanto, para a fundamentação teórica dessa investigação foram utilizadas as reflexões de Paz (2018; 2019), Bosi (2000), Freud (2016) e Dos Santos (2009). Com base nos quais também foram analisados os poemas Elm, Event e Jiltid da poeta Sylvia Plath. Assim, a desagregação do eu-lírico plathiano transparece em versos, de modo a revelar a concepção do humano pela lente do que parece impossível.
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