A matripotência e a cosmopercepção em uma língua que ginga: uma estética amefricana
Resumo
Recusando a via epistemológica eurocêntrica, o presente ensaio pretende aproximar categoria da amefricanidade proposta por Lelia Gonzalez (1988) de uma estética da libertação, em seus elementos corporificados, linguísticos e filosóficos, entendendo a linguagem como corpo e sua manifestação como uma filosofia encarnada. Explorando a categoria da cosmopercepção sugerida por Oyeronke Oyewumi, pautada na matripotência e na matrigestão, iremos abordar a multidimensionalidade a partir de uma língua que ginga, canta e dança, localiza e aquilomba, trazendo como parâmetro sensorial a Capoeira Angola, em especial, o feminismo angoleiro em suas manifestações de corporeidade, musicalidade e ritmo.