O pensamento de Gayatri Chakravorty Spivak

o lastro material da performatividade do tropo

Autores

  • Rebecca Reseck Wanderley Dias Universidade de Brasilia

Palavras-chave:

Spivak, Representação, Performance, Feminino

Resumo

O objetivo do presente artigo é o de revisitar o pensamento de Gayatri Chakravorty Spivak, importante pensadora indiana não só no que concerne a questões pós-coloniais, mas também no que se refere aos problemas de gênero e à crítica cultural. Para o presente texto, importa-nos, em específico, revisitar seu famoso, controverso e aclamado artigo “Pode o subalterno falar?”, extremamente ensaístico e experimental, onde Spivak, a partir da matriz teórica proposta por Jacques Derrida na Gramatologia, objetiva repensar as formas de representação do subalterno e do feminino, bem como as forças interventivas de tais representações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rebecca Reseck Wanderley Dias, Universidade de Brasilia

Graduada em Filosofia pela Universidade de Brasília e Mestranda em Filosofia pela mesma Universidade. Pesquisa na área de Ética e Filosofia Política, com ênfase nas subáreas de Filosofia Moderna e Contemporânea. Pesquisa, em específico, o estatuto do pensamento de Friedrich Nietzsche em suas formulações acerca do problema da representação, com o intuito de discutir as possíveis contribuições do filósofo para pensar problemas postos pela Filosofia e Teoria Social e Política contemporâneas, aqui, mais detidamente, no âmbito do Feminismo. Desde 2015 desenvolve, no Distrito Federal, projetos na área de Ensino de Filosofia para alunos em situação de vulnerabilidade social.

Referências

DERRIDA, J. A escritura e a diferença. São Paulo, Ed. Perspectiva, 1971, p. 240.

DERRIDA, J. Gramatologia. Trad. Miriam Schneiderman e Renato Janini Ribeiro. Editora Perspectiva, São Paulo, 1973.

DERRIDA, J. Of an Apocalyptic Toner Recently Adapte in Philosophy. Trans. Gayatri Chakravorty Spivak. Baltimore:

The Johns Hopkins University Press, 1976

DERRIDA, J. Posições. Tradução Tomaz Tadeu da Silva. Autêntica, Belo Horizonte, 2001, p. 92.

FOUCAULT, M. Languagem, Counter-Memory Practice: Selected Essays and Interviews. Trans. Donald F. Bouchard and Sherry Simon, Cornell University Press, Ithaca, NY, 1977.

GÓES, C. M. Existe um pensamento político subalterno? Um estudo sobre o Subaltern Studies: 1982-2000. Tese de Doutorado defendida no PPG Filolofia da USP. São Paulo, 2014.

MARX, K.. Der achtzehnte Brumaire des Louis Bonaparte. Ed. Hofenberg, 2016.

MORRIS, R.Can The Subaltern Speak: Reflections On The History Of An Idea. Columbia University Press, 2010.

MORTON, S. Gayatri Chakravorty Spivak: Ethic, Subalternity and the Critique of Postcolonial Reason. Cambridge: Polity, 2007.

PINTO NETO, Moysés. A escritura da natureza: Derrida e o materialismo experimental. Tese de Doutorado defendida no PPG Filosofia da PUCRS. Porto Alegre, 2013.

SPIVAK, G. Can the Subaltern Speak?. (in) Cary Nelson and Lawrence Grossberg (eds) Marxism and the Interpretation of Culture, London: Macmillan, 1988, p.271–313.

SPIVAK, G. Pode o Subalterno Falar?. Trad. Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Editora UFMG, Belo Horizonte, 2010, p. 126.

Downloads

Publicado

2021-06-20

Como Citar

DIAS, R. R. W. . O pensamento de Gayatri Chakravorty Spivak: o lastro material da performatividade do tropo. Anãnsi: Revista de Filosofia, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 89–112, 2021. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/anansi/article/view/11958. Acesso em: 10 out. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Filósofas e Filosofias da Mulheridade