Arquivo, arte e memória: ruínas e vestígios na poética de António Ole e Kiluanji Kia Henda
Palavras-chave:
Arquivo, Memória, Artes visuais em Angola.Resumo
Num contexto pós-independência e pós-guerra civil, em que a sociedade angolana ainda se debate com um déficit de locais de memória, alguns artistas têm desempenhado um papel fundamental: por um lado, desarquivam o passado, revisitando-o criticamente; por outro, fazem de suas produções um arquivo (estético, ético e político) contra o esquecimento, construindo uma memória das lutas, das vítimas e dos rastros da violência colonial. Nesse contexto, este artigo procura, em primeiro momento, pensar como Angola ainda ressoa o que Michel Foucault denomina “heterotopias” e “heterocronias” coloniais. Após, são analisadas obras de António Ole e Kiluanji Kia Henda, artistas angolanos de duas diferentes gerações, que têm se debruçado sobre a temática de que aqui tratamos, isto é, as relações entre arte angolana, arquivo e memória.
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