Variação linguística e sua inter-relação com letramento
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v13i3.7735Resumo
Associando a variação linguística aos processos de letramento, levantamos a problemática de como esses dois temas se relacionam com a fala de pessoas de baixa escolaridade em ambientes industriais com exigências de práticas letradas. O objetivo esteve em analisar realizações de concordância verbal em 3ª pessoa (CV3) de trabalhadores da cidade de São Luís, MA, de baixa escolaridade. Como hipótese, estabeleceu-se, inicialmente, que a vivência em espaços laborativos letrados interfere no aspecto linguístico de concordância verbal desse trabalhador. Ancoramo-nos em trabalhos de estudiosos como Street (2014 [1995]), (1991); Kleiman (1995), Kleiman e Assis (2016), Labov (2006[1968]; 2008[1972]), Weinreich, Labov e Herzog (2006 [1968]), Lucchesi (2015a, 2015b), Bortoni-Ricardo (2011, 2014), Mollica (2014) e Castilho (2016). Desenvolvida a partir do método sociolinguístico, trata-se de pesquisa quali-quantitativa cujo corpus foi extraído da fala dos indivíduos, a partir de aplicação de eventos discursivos, obtendo-se cinquenta e dois registros para análise. Como resultado, obtivemos que mais de cinquenta por cento da materialização linguística da CV3 realizada pelos falantes dá-se no padrão da norma culta do Português Brasileiro, destacando-se o uso do sujeito pronominal não explícito e da saliência fônica com alteração da qualidade da vogal final como um dos principais recursos linguísticos usados por esses falantes.
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