Como Era Gostoso o Meu Francês e Iracema, a virgem dos lábios de mel: a mulher indígena no cinema

Autores

  • Vívian Carvalho Universidade Federal do Pará
  • Ivânia Neves Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.35499/tl.v13i2.7402

Palavras-chave:

Cinema, Mulheres indígenas, Análise do discurso

Resumo

Este artigo analisa como as obras cinematográficas Como Era Gostoso o Meu Francês (1971) e Iracema, a virgem dos lábios de mel (1979) constroem as personagens indígenas de suas tramas. Tendo como base teórica-metodológica os preceitos arqueológicos desenvolvidos por Michel Foucault, investigamos os discursos materializados nas personagens indígenas Seboipepe e Iracema. Para isto, identificamos as regularidades e dispersões entre os enunciados presentes nessas duas produções fílmicas e as formações discursivas que eles compõem. Compreendemos que essas obras cinematográficas colocam em circulação diferentes discursos sobre as mulheres indígenas brasileiras. Esses discursos estão inseridos em redes de memórias historicamente construídas e que têm suas bases alicerçadas no século XVI, época em que os portugueses chegaram ao Brasil e objetivaram o corpo e a identidade dessas nativas. A partir da análise das condições de possibilidades históricas dos discursos compreendemos também que o período da Ditadura Militar foi bastante propício para que Como Era Gostoso o Meu Francês e Iracema, a virgem dos lábios de mel se irrompessem nas telas do cinema brasileiro.

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Publicado

2019-12-26

Como Citar

CARVALHO, V.; NEVES, I. Como Era Gostoso o Meu Francês e Iracema, a virgem dos lábios de mel: a mulher indígena no cinema. Tabuleiro de Letras, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 173–191, 2019. DOI: 10.35499/tl.v13i2.7402. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/7402. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS