Da decodificação ao projeto de leiturização: perspectivas para o ensino de leitura nas escolas
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v13i1.6140Palavras-chave:
Ensino de Leitura, Alfabetização, Projeto de Leiturização, Exclusão Social.Resumo
Nos dias atuais, muitos estudos no campo dos Letramentos têm se debruçado sobre a divisão social das técnicas de uso da escrita, cujo efeito, numa sociedade hierarquizada e estratificada, desvela e aponta, consequentemente, para uma distribuição desigual das técnicas de acesso aos bens simbólicos, assim como reforça os traços excludentes da população brasileira. Entre os aspectos que corroboram para este cenário está uma proposta de ensino de leitura com foco na Alfabetização, desprezando, assim, as dimensões sociais e políticas do ato de ler. A partir disso, formamos muitos alfabetizados e poucos letrados. Em consequência, há a expansão do iletrismo, caracterizando-se pela exclusão das condições que permitam aos estudantes participarem das redes de circulação de impressos. Nesse sentido, neste trabalho, por meio de uma revisão de literatura (FREIRE, 1989; KLEIMAN, 1995; 2000; 2004; ROJO, 2009; STREET, 2014), tenho como objetivo defender uma concepção de formação em leitura não mais centrada no alfabetizado, mas sim no leitor, a partir de um Projeto de Leiturização (FOUCAMBERT, 1994). Ademais, apresento possibilidades de trabalho com a leitura de um modo mais efetivo e democrático. Os resultados apontam que um processo formativo pautado nos usos sociais da escrita e da leitura contribuem significativamente para a formação de leitores críticos, bem como de pessoas mais preparadas para o enfrentamento dos entraves de sua comunidade.
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