Abordagem biografemática ao drama homoerótico Greta Garbo quem diria, acabou no Irajá.
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v13i1.6014Palavras-chave:
Censura, homossexualidade, literatura, protagonista gay.Resumo
Buscamos visibilizar experiências de sujeitos dissidentes da sexualidade normativa e desejos interditados por discursos autoritários, valorizando temas e discussões que sempre ficaram às margens do cânone literário. O texto dramático analisado – Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá –, de Fernando Mello (1974), insere-se no contexto repressivo, e policiado pela censura, da ditadura hétero-militar brasileira nos anos 1970-1980. Para tal proposta, apostamos na noção de “escrita/literatura homoerótica” (SILVA, 2009), na crítica ao objeto literário proposto, correlacionando-a com os conceitos de “espaço biográfico” (ARFUCH, 2010); “biografema” (BARTHES, 1990) e sua releitura no universo da diversidade sexual e de gênero. Durante a análise, constatamos que a censura tentou manipular e orientar o sentido da obra, de acordo com a sua visão: a doutrina pedagógica de segurança nacional; que buscou identificar e combater um “inimigo interno”. Questionando as implicações dos cortes censórios, no texto escolhido, buscamos uma (re)leitura que ressignifique a experiência homoerótica da personagem Renato.
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