As relações de poder em Salvador no século XVII: Um gesto de interpretação de José Alencar
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v11i2.3704Palavras-chave:
Análise do discurso, Gesto de interpretação, Romance histórico, José de Alencar, As Minas de PrataResumo
Nesse trabalho, tem-se por objetivo aplicar pressupostos teóricos da Análise de Discurso filiada a Pêcheux com vistas a estudar a cidade do Salvador no ano de 1609 em uma perspectiva discursiva. Entre os pressupostos teóricos, destacam-se formações ideológica e discursiva, interdiscurso, memória discursiva e arquivo, sujeito. O corpus selecionado para esse trabalho é composto por recortes do romance As minas de prata de José de Alencar (1865), uma vez que são apresentadas as relações de poder. Alencar, enquanto formulador, é interpelado pela ideologia e é assujeitado à língua, para se constituir, em um sujeito que se filia a uma formação discursiva e exerce a função-autor, expressando um gesto de interpretação literário, o qual está vinculado à formação ideológica definida por Martius e, consequentemente, à formação discursiva do romantismo, que busca desenvolver a tarefa nacionalista de cunhar uma identidade nacional e perpetuar a história pátria na criação dessa imagem exemplar. Nessa perspectiva, Alencar apresenta uma identificação plena com a forma-sujeito universal da formação discursiva a que se filia.
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