Indícios para uma sócio-história linguística do Português Popular Brasileiro a partir de cartas do Semiárido Baiano

Autores

  • Huda da Silva Santiago UEFS
  • Zenaide de Oliveira Novais Carneiro UEFS

DOI:

https://doi.org/10.35499/tl.v10i2.3239

Resumo

O objetivo deste estudo é apresentar alguns aspectos grafofonéticos em cartas pessoais escritas no século XX, por sertanejos baianos, pouco escolarizados, a fim de contribuir com a busca de indícios para a construção da história social e linguística do português popular brasileiro. A transposição de marcas da oralidade para a escrita contribui, junto a outras propriedades, nesse corpus, para evidenciar a inabilidade de redatores em fase inicial de aquisição da escrita. Há, nas cartas das mãos inábeis sertanejas, alguns fenômenos grafofonéticos mais gerais, que refletem variações mais comuns, presentes também nas normas cultas, como elevações de vogais médias pretônicas, postônicas e em monossílabos; apócopes, em final de verbos no infinitivo; reduções de ditongos, e ditongações. Fenômenos como esses podem não se constituir propriamente como marcas de inabilidade, mas podem ser considerados como indícios, coocorrendo junto àqueles mais raros, cuja identificação revela um grau maior de dificuldade com a escrita, como o abaixamento das vogais altas; anteriorizações e posteriorizações de vogais; rotacismos e lambdacismos; aféreses; síncopes, e próteses. 

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Biografia do Autor

Huda da Silva Santiago, UEFS

Professora Substituta da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS. É integrante do Projeto Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão UEFS

Zenaide de Oliveira Novais Carneiro, UEFS

Doutora em Linguística – UNICAMP. Professora Plena da UEFS. Coordenadora do Projeto Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão - UEFS

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Publicado

2017-02-13

Como Citar

SANTIAGO, H. da S.; CARNEIRO, Z. de O. N. Indícios para uma sócio-história linguística do Português Popular Brasileiro a partir de cartas do Semiárido Baiano. Tabuleiro de Letras, [S. l.], v. 10, n. 2, p. 33–45, 2017. DOI: 10.35499/tl.v10i2.3239. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/3239. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

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