Tempo, espaço urbano e melancolia em “Viagem aos seios de Duília1”, de Aníbal Machado
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v10i2.3188Resumo
O conto “Viagem aos seios de Duília”, de Aníbal Machado, analisa a trajetória de José Maria. A aposentadoria é o momento que possibilita ao melancólico funcionário público do Rio de Janeiro fazer um balanço de vida. Ele constata que contemplou mais que experimentou a vida. A ausência de prazer, de vínculos afetivos e a interação superficial com o presente reafirmam o vazio da vida e também caracterizam a própria melancolia. Há um elo com o passado e com uma cidadezinha de Minas Gerais, tempo-espaço de uma experiência prazerosa com Duília. Equivocadamente, José Maria resolve voltar em busca da namoradinha e, principalmente, da energia da adolescência distante. A dificuldade em lidar com o tempo se reflete também no descompasso entre a vivência do tempo biológico e do tempo existencial.
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