Metáforas sexuais em cordéis de Cuíca de Santo Amaro: uma análise léxico-semântica
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v0i5.183Palavras-chave:
Lexicologia, Semântica, Memória Oral, Cultura, Identidade,Resumo
Neste artigo fazemos uma incursão léxico-semântica por alguns cordéis licenciosos e sensacionalistas de Cuíca de Santo Amaro. Discutimos, também, o processo de tessitura identitária desse texto e explanamos como o poeta desenha em seus folhetos a fisionomia sociocultural de Salvador e de diversas cidades do Recôncavo Baiano, desnudando, em seus versos, seu itinerário e, também, o retrato da sociedade baiana configurado entre as décadas de 1940 a 1960. O corpus consta de designações sexuais metafóricas, cujos processos semânticos são analisados, levando-se em conta a relação entre língua e cultura. A preocupação central deste estudo é analisar os recursos semânticos empregados por Cuíca e perceber qual a contribuição do contexto extralinguístico para a fixação do significado das palavras. A análise evidencia como o poeta maneja a língua com criatividade, cria lexias e capta outros sentidos para as existentes, revelando um uso produtivo do léxico. O trabalho situa-se no campo da Lexicologia e da Semântica, numa interface com a História e a Memória Oral: cordéis remetem à história e esta é ressignificada pela memória de alguns contemporâneos do poeta; ambas associadas à semântica dos textos, sentidos que se cruzam, elucidam e ressignificam a história vivida. Utilizam-se as discussões teóricas apresentadas por Ullmann (1987) e os estudos empreendidos por Bakhtin (1993), Lyons (1981), Hall (2003) e Garcia (1982).
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