Influência nas artes visuais: Análise crítica de seus principais estudos, usos e desusos
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v0i5.179Palavras-chave:
Arte, Influência, Literatura Comparada,Resumo
Este artigo analisa os usos e as tentativas de descarte ou negação do conceito de influência nas Artes Visuais. Para tanto, estudamos três modos dessa presença conceitual. O primeiro deles, nos estudos sobre a relação artística entre a Matisse e Picasso, diz respeito a um uso irrefletido desse conceito, fazendo parte, basicamente, de um preconceito apoiado no senso comum aliado a uma desinformação quanto a teorias subjacentes, mas não conscientemente presentes, por parte de quem o utiliza – teorias, sobretudo, com origem nos estudos comparatistas. O segundo de tais usos, fundado na reflexão do filósofo Göran Hermerén, corresponde à tentativa de sistematização do conceito e sua operacionalização como ferramenta de trabalho para o campo artístico. Finalmente, analisamos a crítica mais recente a esse conceito com a consequente tentativa de expulsá-lo das análises históricas, teóricas e críticas da arte, com base no historiador da arte Michael Baxandall. Nosso objetivo, ao apontar esta trajetória conceitual, é o de mapear tal percurso, que tem sua origem nos estudos da Literatura Comparada, e indicar a possível validade do conceito para o campo das Artes. Do mesmo modo, sugerimos a necessidade de refinar essa ferramenta analítica para as especificidades do campo artístico.
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