Viver a escrita, aprender a escrita: entre criatividade e conformismo
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v0i4.173Palavras-chave:
Cultura de massa, Ensino, Cotidiano, Escrita(s),Resumo
Este artigo é sobre a escrita compreendida como um conjunto de práticas sociais. Em linhas gerais, contrapomos a visão tradicional de escrita à realidade das diferentes situações de escrita, historicamente variáveis, próprias dos diferentes contextos da vida cotidiana, “invisíveis” para o sistema escolar e demais instituições burocráticas. Na perspectiva contemporânea da cultura e do consumo de massa, podemos assimilar leitura à passividade, já que se privilegiam “produtores” em detrimento de “consumidores”, ou leitores. Com relação à Escola, observamos que os professores da rede fundamental de ensino, em geral, possuem domínio teórico da noção de língua e de escrita como conjunto de práticas sociais, embora ainda falhem em transformá-lo em domínio prático em suas ações pedagógicas. A questão crucial apontada é que pouco se sabe sobre as manifestações cotidianas de escrita que circulam para além do espaço escolar. A fim de conhecê-las, é pertinente que se façam generalizações úteis sobre estas ações cotidianas de escrita. Ou seja, face à pluralidade e criatividade dos “consumidores” - leitores, é necessário especificar e distinguir maneiras de fazer, modos de ação, relacionados às práticas cotidianas de ler e de escrever. Apresentamos e discutimos exemplos de padrões recorrentes de escrita observados no cotidiano de dois bairros populares de Salvador, com destaque para os usos coletivos de escrita e os textos escritos “perpassados” de oralidade, e as atitudes singulares, além da representação sociolinguística que os sujeitos mantêm sobre a escrita (Boyer, 1990).
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