Viajar para saber: a sabedoria prudente em A montanha mágica e a sabedoria cética em El viaje vertical
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v0i4.172Palavras-chave:
Relatos de viagem, Literatura sapiencial, A montanha mágica, El viaje vertical,Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar, mediante o recurso aos conceitos de sabedoria prudente e de sabedoria cética propostos por Harold Bloom, o modo como as personagens Hans Castorp, de A montanha mágica, de Thomas Mann, e Federico Mayol, de El viaje vertical, de Enrique Vila-Matas, demonstram, em seus percursos pessoais, respectivamente, esses dois tipos de sabedoria. O contexto especial em que os diferentes perfis de sabedoria são acionados é aquele da viagem e as decorrentes situações de quebra de rotina: Hans Castorp depara -se com uma série de dilemas morais durante sua passagem por uma casa de saúde em Davos-Platz, nos Alpes suíços, dilemas ocasionados pelo conflito entre as diretrizes de vida adotadas na planície e aquelas adotadas na montanha, enquanto o catalão Federico Mayol exerce seu profundo ceticismo ao longo do inusitado roteiro de sua “viagem vertical”, que passa por Barcelona, pela cidade do Porto, por Lisboa e, enfim, pela Ilha da Madeira. A relação entre as práticas da sabedoria prudente e da sabedoria cética por parte, respectivamente, de Castorp e Mayol será também relacionada, no presente trabalho, com os diferentes perfis de bagagem cultural adquirida durante as viagens realizadas por ambas as personagens.
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