A ficção passeia pelas ruas
olhar de Jorge Amado em Bahia de Todos-os-Santos
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v17i1.17149Resumo
O presente artigo estuda algumas representações sobre a cidade da Bahia e tem como corpus o livro Bahia de Todos os Santos: guia de ruas e mistérios (1945), do Jorge Amado (2012-2001). Essas representações estão ancoradas em uma cidade do período Colonial e a obra a evidencia no seu caráter funcional da nacionalidade brasileira. O objetivo é identificar a cidade revelada pela ficção no livro-guia e para fundamentar a análise utilizamos a noção de representação na perspectiva de Roger Chartier (1945-....) alinhada com a Nova História Cultural. O artigo está dividido em duas seções: a primeira intitulada “Um convite: guia de ruas e mistérios” faz-se a apresentação do livro e o seu caráter de mapa de navegação; a segunda, “Um passeio: ver/ver-se a/na cidade” consta das representações do ficcionista sobre a cidade da Bahia. Os resultados deste estudo demonstram que as representações presentes ao longo da obra revelam o intuito de dar visibilidade a uma Bahia como um lugar de origem, que organiza uma ideia de nação, que inclui uma baianidade como referência. Nesse sentido, é possível que se efetive a compreensão de Jorge Amado que a tornou conhecida como vitoriosa na construção da nacionalidade brasileira a partir da Bahia.
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