O auditório como determinante do ethos discursivo

Autores

  • Edilene Gasparini Fernandes Doutora em Teoria da Literatura pelo Ibilce/ UNESP de São José do Rio Preto/SP. Docente Fatec Rio Preto. Membro do GPARA (Grupo de Pesquisa em Argumentação e Retórica Aplicadas – Universidade Federal de Sergipe)
  • Denilson Luiz Cicote Licenciado em Letras pela FAECA Dom Bosco, de Monte Aprazível/SP e professor de língua inglesa na rede estadual de ensino

DOI:

https://doi.org/10.35499/tl.v0i4.166

Palavras-chave:

Persuasão e argumentação, Romantismo, Retórica,

Resumo

Investiga-se, nesse estudo, a possibilidade dos elementos retóricos de persuasão e argumentação presentes no discurso político apresentarem-se como componentes do discurso autoritário. Para isso, o estudo percorre as origens do auditório brasileiro, as raças que o formaram e aventa a possibilidade, dentro da trajetória histórica de sua colonização, de ser o movimento do Romantismo um dos ícones de formação do perfil discursivo político de hoje, no Brasil, ou seja, um perfil interlocutor que lança mão em demasia da retórica permeada de artifícios e, por outro lado, um receptor caracterizado por uma mansidão indígena que nunca perdeu referências. O artigo passa, então, pela análise de alguns trechos de discursos políticos do período pós-golpe militar de 1964 no Brasil para avaliar as mudanças que os pronunciamentos revelaram: de caudilhistas a heróis românticos, os discursos desses oradores demonstram extrema proximidade entre si, ou seja, militares e civis utilizam dos mesmos recursos retóricos, embora pertencentes a regimes diferentes. Ao final, ajudados pela análise aristotélica dos lugares do discurso, o artigo conclui que as características que percebemos presentes nos endereçamentos políticos de hoje foram moldadas há muito tempo, durante o processo de formação de nosso imaginário nacional, de nossos valores como nação e continuam presentes ainda hoje, bem como está presente a mansidão do interlocutor.

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Biografia do Autor

Edilene Gasparini Fernandes, Doutora em Teoria da Literatura pelo Ibilce/ UNESP de São José do Rio Preto/SP. Docente Fatec Rio Preto. Membro do GPARA (Grupo de Pesquisa em Argumentação e Retórica Aplicadas – Universidade Federal de Sergipe)

Doutora em Teoria da Literatura pelo Ibilce/ UNESP de São José do Rio Preto/SP. Docente Fatec Rio Preto. Membro do GPARA (Grupo de Pesquisa em Argumentação e Retórica Aplicadas – Universidade Federal de Sergipe)

Denilson Luiz Cicote, Licenciado em Letras pela FAECA Dom Bosco, de Monte Aprazível/SP e professor de língua inglesa na rede estadual de ensino

Licenciado em Letras pela FAECA Dom Bosco, de Monte Aprazível/SP e professor de língua inglesa na rede estadual de ensino

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Publicado

2012-12-05

Como Citar

FERNANDES, E. G.; CICOTE, D. L. O auditório como determinante do ethos discursivo. Tabuleiro de Letras, [S. l.], n. 4, 2012. DOI: 10.35499/tl.v0i4.166. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/166. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

SEÇÃO TEMÁTICA