A hodonímia do rio Araguaia nos séculos XVIII e XIX
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v0i4.161Palavras-chave:
Hodonímia, Rio Araguaia, Séculos XVIII e XIX,Resumo
Qualquer estudo de toponímia brasileira, ainda que em perspectivas diversas e sob distintas orientações ou critérios de análise - histórico, ambiental, etnolinguístico ou psicossociológico, por exemplo-, sempre envolve alguma referência a dois pontos nucleares: a posse do território pelo domínio dos caminhos terrestres e lacustres e a conquista espiritual dos locais. Os primeiros permitiram o reconhecimento e os segundos garantiram a continuidade da presença dos alógenos pela implantação de novos credos e de outra cosmovisão. Na prática, são duas configurações, distintas por suas características físicas e emotivas, que acabam se cruzando em um eixo de influências e consequências polivalentes. Este estudo é um recorte do projeto Caminho das Águas, Povos dos Rios: uma visão etnolinguística da toponímia brasileira, que integra o projeto macro Atlas Toponímico do Brasil - ATB: parte geral e variantes regionais. Considerou-se a seguinte metodologia de trabalho: realização de leituras cartográficas dos séculos XVIII e XIX que cobrem a região do rio Araguaia; leitura paleográfica dos mapas; leitura de textos sobre a historiografia da região da Província de São Paulo e de Goiás; levantamento dos topônimos descritos nesses documentos; e análise do corpus a partir dos subsídios da etnotoponímia. Como fonte de dados, foram utilizados mapas dos séculos XVIII e XIX que cobrem a região do rio Araguaia, coletados na Biblioteca Nacional e Arquivo Nacional, Rio de Janeiro, em agosto de 2007 e 2008. A proposta desta pesquisa compreende realizar um estudo da relação dos aspectos etnoculturais e etnotoponímicos no processo de povoamento do rio Araguaia nos séculos XVI e XIX.
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