A semiótica dos traços de dominação masculina versus a emancipação feminina no conto “A mulher ramada”, de Marina Colasanti
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v15i1.11511Resumo
No presente artigo objetiva-se refletir no conto “A mulher ramada”, de Marina Colasanti, a consciência contígua à relação social histórica que incide na perspectiva de dominação masculina ante à sujeição feminina deslocada para o seu empoderamento. A análise busca ponderar a respeito da legitimação e intensidade do viés patriarcal apreendido no mundo social desde a origem genesíaca à atualidade coligadas nas arbitrárias divisões, pelas quais os traços de dominação e os efeitos exercidos nos corpos femininos ainda perduram ou teimam em persistir em detrimento dos avanços emancipatórios da mulher na sociedade. O conto simboliza o limite da experiência feminina do corpo moldado pelo/para o outro, uma vez que se encontra implicado no olhar e no discurso do (s) outro (s). Assim, evoca-se estudos afins ao tema proposto, no sentido refletir e descrever os arcabouços de ordem tradicional, social e religiosa que corroboram para a oposição entre os sexos.
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