Torto Arado: la tierra como fundamento de la (re)construcción de una identidad étnica

Entre la esclavización y la resistencia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35499/tl.v15i1.10755

Resumo

O romance Torto Arado (2018) do escritor brasileiro Itamar Vieira Junior revela o processo de construção e reconstrução de uma identidade étnica associada a um território, a fazenda Água Negra, na Chapada Diamantina. Essa identidade é marcada pelo desejo de reconstruir uma memória coletiva na qual a religião jâre (uma espécie de candomblé rural sincrético, uma variante do “candomblé caboclo”) tem uma participação principal, que como força unificadora revitaliza a o verdadeiro americano maravilhoso. Seus habitantes resistem às hegemonias da colonialidade, construída sobre a noção de raça: o discurso do empoderamento econômico (latifundiários, antes dos diamantes e antes destes, ouro), da religião (católica e evangélica), do saber (eurocentrismo), do sistema de dominação patriarcal. Torto Arado revela que a desigualdade começa pelo tipo de vínculo que se estabelece com a terra. É um romance que denuncia a continuidade do sistema de escravização e a resistência dessas minorias. Situa-se como um divisor de águas na literatura brasileira, transgredindo, como alguns outros autores, o discurso homogêneo em sua narrativa contemporânea.

Palavras-chave: Torto Arado. Reconstrução da identidade ética associada à terra. Itamar Vieira Junior.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adianys González Herrera, Universidad de Concepción

Licenciada en Letras por la Universidad Central “Marta Abreu” de Las Villas. Profesora instructor del CUM Pelayo Villanueva Valverde. Ha publicado el libro de ensayo artístico-literario Lina de Feria: identidad femenina y poesía (Ediciones Sed de Belleza, 2019), con una investigación que se sustenta en la tesis de pregrado “El sujeto lírico femenino en la obra poética de Lina de Feria”. Estudiante del Doctorado en Literatura Latinoamericana de la Universidad de Concepción, Chile. Beneficiaria de la Beca ANID 2020 /Formación de Capital Humano Avanzado/Doctorado en Literatura Latinoamericana (Chile).

Referências

CARPENTIER, A. Diccionario de conceptos de Alejo Carpentier. La Habana: Editorial Letras Cubanas, 2004. 284p.
DALCASTAGNÈ, R. Literatura brasileira contemporânea: um território contestado. Rio de Janeiro, Vinhedo: Editora da UERJ, Horizonte, 2012. 208p.
KILOMBA, G. Plantation Memories: Episodes of Everyday Racism. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019. 248p.
VIEIRA, I; ASSIZ DOS SANTOS, F. Expressões de territorialidade entre trabalhadores e quilombolas na Chapada Diamantina. 2014. 20f. Dissertação (Trabalho apresentado na 29ª Reunião Brasileira de Antropologia), Natal/RN. Disponible en: http://www.29rba.abant.org.br/resources/anais/1/1401836050_ARQUIVO_artigo_RBA(2).pdf
---------- Quando a memoria é matrimônio: expressões de territorialidade de comunidades quilombolas, Geografía em questaõ, local de publicación, v. 8, n. 1, p. 150-163, 2015. Disponible en: http://e-revista.unioeste.br/index.php/geoemquestao/article/viewFile/10131/8384
----------- Trabalhar é tá na luta Vida, morada e movimento entre o povo da Iuna, Chapada Diamantina. 2017. 300f. Tesis (Estudos Étnicos e Africanos) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2017.
----------- Torto arado. São Paulo: Editora Todavia, 2018, 264 p.

Downloads

Publicado

2021-07-01

Como Citar

GONZÁLEZ HERRERA, A. Torto Arado: la tierra como fundamento de la (re)construcción de una identidad étnica : Entre la esclavización y la resistencia. Tabuleiro de Letras, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 245–249, 2021. DOI: 10.35499/tl.v15i1.10755. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/10755. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

RESENHAS