SEXUALIDADE, SAÚDE E JUSTIÇA REPRODUTIVA: UM ENSAIO SOBRE AS IDENTIDADES FORJADAS NAS ENCRUZILHADAS COLONIAIS
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13850858Palavras-chave:
Sexualidade, Estudos de gênero, Interseccionalidade, Política de saúde, Direitos sexuais e reprodutivosResumo
Introdução: a produção teórica que homogeneiza as múltiplas necessidades e as pautas reivindicativas dos diferentes grupos contribuíram para o apagamento das mulheres negras e de suas necessidades, a favor da concepção de mulher enquanto abstração universalizante no campo da saúde. Método: trata-se de um ensaio teórico. Objetivo: discutir a problemática da sexualidade feminina e os direitos sexuais e reprodutivos a partir das contribuições teóricas advindas das ciências humanas e sociais, com ênfase nas produções que se dedicam aos marcadores de gênero, raça e classe. Resultados: partimos da crítica à compreensão freudiana da mulher enquanto expressão do pensamento masculino, brancocêntrico e burguês que orientou as concepções de sexualidade, histeria e desenvolvimento psicossexual das mulheres. Em seguida, nos debruçamos sobre as diferenças entre as necessidades e reivindicações entre mulheres negras e brancas a partir da teoria da interseccionalidade, do feminismo descolonial e dos estudos pós-coloniais. Conclusão: Por último, refletimos sobre as políticas de saúde que se dedicam à garantia de direitos sexuais e reprodutivos no cenário nacional, discutindo sobre os problemas particularmente enfrentados pelas mulheres negras e subalternizadas no âmbito do cuidado à saúde.
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