COMUNICAÇÃO ADEQUADA EM SAÚDE E ADESÃO TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA ANTI-HIPERTENSIVA NA ATENÇÃO PRIMARIA À SAÚDE
Mots-clés :
Comunicação em saúde, Adesão ao tratamento medicamentoso, Hipertensão arterial, Atenção primária à saúdeRésumé
Objetivo: Investigar a associação entre Comunicação Adequada em Saúde (CAS) e Adesão Terapêutica Medicamentosa Anti-Hipertensiva (AT) em usuários hipertensos atendidos em unidades de atenção primária à saúde (APS). Métodos: Trata-se de um estudo transversal com hipertensos acompanhados em unidades de APS em Salvador, Bahia, entre 2015 a 2016. A CAS foi avaliada com a aplicação de dez questões. A comunicação foi considerada adequada quando observado 70,0% ou mais das respostas do entrevistado indicando entendimento das orientações prestadas. A análise estatística foi realizada com o STATA versão 14. Resultados: Foram entrevistados 286 usuários e verificou-se que 81,2% mencionaram CAS. Nos usuários com até 8 anos de estudo, a CAS esteve associada significativamente à adesão ao tratamento medicamentoso, mesmo após ajuste por sexo, idade, renda, índice de massa corpórea e diabetes concomitante (OR = 3,26; IC95%: 1,26-8,46). Contudo, para usuários com escolaridade maior não se identificou associação positiva entre CAS e AT. Observou-se ainda que o grupo que referiu atividade física regular apresentou uma chance de adesão ao tratamento de 14,5 vezes quando comparados àqueles que referiram CAS inadequada (OR=14,53; IC95%: 1,28-187,16). Conclusão: Dispor de comunicação adequada em saúde influencia no uso dos serviços de saúde e no comportamento de saúde adotado.
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