NARRATIVAS FEMINISTAS NEGRAS EM CONTEXTOS EDUCACIONAIS, UMA ANÁLISE A PARTIR DA LEI N. 10.639/03

Autores/as

Palabras clave:

Percursos Formativos, Relações Étnico-Raciais, Feminismo Negro

Resumen

Introdução: O tema da diversidade étnico-racial adquire maior visibilidade com a implementação da Lei n. 10.639/2003. Esse debate envolve questões como a discriminação racial no contexto escolar. Neste artigo, abordamos narrativas feministas negras tendo por base as reflexões coletivas realizadas na disciplina “Epistemologias Feministas Negras em Contextos Educacionais”, oferecida no segundo semestre de 2022, como Estágio docente, para os cursos de graduação em pedagogia e ciências sociais da Universidade estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). Objetivo: Ressaltar esse percurso formativo de modo problematizar as narrativas de mulheres sobre a construção da intelectualidade em contextos marcados por discriminações interseccionais. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, tendo como enfoque o relato de experiência. Para tanto, foram privilegiadas a produção textual, e outros registros documentais produzidos pelas cursistas, referente à “Roda de Diálogos Intelectuais Negras”, promovida durante a disciplina. Resultados: Tendo por base os princípios analíticos do feminismo negro identificamos que as experiências formativas das cursistas apontam para os desafios da formação intelectual de mulheres negras em contextos de opressões interseccionais de classe, gênero e raça. Conclusão: As concepções e práticas educativas antirracista e antissexista compartilhadas ao longo desse curso refletem vivências e aprendizagens individuais e coletivas, nas quais as cursistas assumem o lugar de autoria colaborativa, como uma comunidade de aprendizados.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Michele Pereira da Silva, Instituto Federal Fluminense - Brasil

Graduada em Teatro

Viviane Ramiro da Silva Martins, Doutoranda em Políticas Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense - Brasil

Mestra em Sociologia Política

Citas

Akotirene, C. (2017). Entrada e permanência de mulheres pretas na pós. Obará Saberes. Disponível em: https://portalsoteropreta.com.br/2017/10/18/oparasaberes-carla-akotirene-da-revolta-a-ascencao-negra-em-mestrados-e-doutorados/

Barbosa, A. P., Marinho, G. D. A. S., Santana, J. P. (2022). Pertencimento Racial e Primeira Infância: relato de experiência sobre a valorização da cultura afro-brasileira através de atividades lúdicas. Dossiê Temático Saúde da população negra: Práticas e reflexões contra hegemônicas. Práticas e Cuidado: Revista de Saúde Coletiva, 3(e13895), 1-22.

Brasil. Lei n.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003. (2003). Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília, BR: Diário Oficial da União. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm#:~:text=LEI%20No%2010.639%

C%20DE%209%20DE%20JANEIRO%20DE%202003.&text=Altera%20a%20Lei%20no,%2 2%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias>

Carneiro, A. S. (2005) A construção do outro como não ser, como fundamento do ser. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://repositorio.usp.br/item/001465832

Collins, P. H. (2012). Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo.

Evaristo, C. (2019). Abertura da Escola Internacional de Feminismo Negro Decolonial. Bahia, 2019. 1 vídeo (82 min). Publicado pelo canal TV UFRB. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZHMf0FqqTkk>

Evaristo, C. (2022, novembro). “A escrevivência serve também para as pessoas pensarem”. Itaú Social, nov. 2022. Disponível em: https://www.itausocial.org.br/noticias/conceicao-evaristo-a-escrevivencia-serve-tambem-para-as-pessoas-pensarem/

Geledés. (2015). A transformação do silêncio em linguagem e ação. (Comunicação de Audre Lorde no painel “Lésbicas e literatura” da Associação de Línguas Modernas em 1977). São Paulo: Portal Geledés. Disponível em: https://www.geledes.org.br/a-transformacao-do-silencio-em-linguagem-e-acao

Santos, E. (2022). Número de crianças que não aprendem a ler e escrever chega a 2,4 milhões e aumenta mais de 65% na pandemia, diz ONG. São Paulo: Globo: G1. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2021/12/02/evasao-escolar-de-

criancas-e-adolescente-aumenta-171percent-na-pandemia-diz-estudo.ghtml

Gomes, N. L. (2008). Intelectuais negros e produção de conhecimentos: algumas reflexões sobre a realidade brasileira. In: Santos, B. S., Meneses, M. P. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez.

Gonzalez, L. (1984) Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, 2(1), 223–244.

Hooks, B. (1995) Intelectuais negras. Estudos feministas, 3(2), 464.

Hooks, B. (2020) Tudo sobre o amor: novas perspectivas. São Paulo: Elefante.

Educação Superior. INEP, 2016. Disponível em: <https://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/documentos/2016/notas_sobre _o_censo_da_educacao_superior_2016.pdf>

Paz, T. S. (2019). Processos Formativos de uma pesquisadora negra no campo da cibercultura e Educação: Implicações e Trajetórias. Revista Docência e Cibercultura, 3(3), 152–165.

Ribeiro, D. (2021). Epistemicídio. PURCS Online. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rIkQjKzlV8Q

Rodrigues, L., Silva, A. K. (2021). Por uma política de escrita do cotidiano: enfrentamentos ao racismo e sexismo na universidade. [S. l.: s. n.], 1 vídeo (113 min). Publicado pelo canal ELEEKO Núcleo de Estudos e Pesquisas. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=c0QiStzQztA&t=2752s.>

Silva, P. B. (2007). Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. Educação, 30(63), 489-506. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/848/84806306.pdf>

Silva, A. G. R., Amorim, A. M. (2023). Consciência, Racismo e Análise do Comportamento. Prática e Cuidado: Revista de Saúde Coletiva, 4(e14540), 1-26. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/14540/11817

Werneck, J. (2010). Nossos passos vêm de longe! Movimentos de mulheres negras e estratégias políticas contra o sexismo e o racismo. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 1(1), 07–17. Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/303

Xavier, G. (2021). Grupo Intelectuais Negras UFRJ: a invenção de uma comunidade científica e seus desafios. Revista Trabalho Necessário, 19(38), 224-239. Disponível em: https://periodicos.uff.br/trabalhonecessario/article/view/43121/28414

Publicado

2023-12-26

Cómo citar

Mendes Laurindo, K., Luísa da Hora Ribeiro, M., Pereira da Silva, M., Aghata Pinto Batista, P., Batista de Sá, S., & Martins, V. R. da S. (2023). NARRATIVAS FEMINISTAS NEGRAS EM CONTEXTOS EDUCACIONAIS, UMA ANÁLISE A PARTIR DA LEI N. 10.639/03. Práticas E Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 4, e19102. Recuperado a partir de https://revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/19102

Número

Sección

Dossier Temático PROCESOS DE FORMACIÓN EN SALUD Y EDUCACIÓN: POSIBILIDADES PARA LA CONSTITUCIÓN DE PRÁCTICAS DE CUIDADO CONTRACOLONIAL