IMAGENS DE CONTROLE E ACESSO DE MULHERES NEGRAS À SAÚDE

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.13826185

Palabras clave:

Interseccionalidade, Saúde da população negra, Imagens de controle, Iniquidades em saúde, Racismo estrutural

Resumen

Introdução: No Brasil, as pessoas negras enfrentam desproporcionalmente indicadores de saúde negativos, como mortalidade precoce, altas taxas de mortalidade materna e infantil, doenças crônicas, infecciosas e violência. Objetivo: Explorar os desafios de saúde enfrentados pelas mulheres negras no Brasil, destacando a influência das opressões interseccionais. Este ensaio analisa o processo saúde-doença-cuidado em mulheres negras e potenciais impactos das opressões interseccionais de gênero, raça, classe e outros em sua saúde. Método: Análise reflexiva, examinando as experiências das mulheres negras e as barreiras que limitam seu acesso aos serviços de saúde. A análise reflexiva envolve uma avaliação crítica das experiências pessoais e profissionais, permitindo uma compreensão mais profunda das questões em estudo. Neste caso, utilizamos a interseccionalidade como lente analítica para examinar como gênero, raça, classe e outros fatores de identidade se cruzam para criar experiências únicas de saúde e doença. Resultados: Foi identificado que a colonialidade, um sistema de poder que perpetua a discriminação racial, contribui para a marginalização das mulheres negras. Além disso, observou-se que as mulheres negras enfrentam várias formas de opressão que afetam adversamente sua saúde e acesso aos cuidados de saúde. Conclusão: É essencial adotar abordagens interseccionais para abordar as desigualdades de saúde. Em conclusão, destaca-se a necessidade de abordagens interseccionais para enfrentar as desigualdades em saúde e práticas antirracistas como forma de desafiar a colonialidade e promover a justiça social.

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Biografía del autor/a

Renata Soares da Luz, Especializanda em Negócios Digitais pela Universidade Estadual de Campinas - Brasil

Graduada em Administração

Ana Paula de Oliveira Dias, Mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Campinas - Brasil

Especialista em Urgência e Trauma pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Nathália de Souza Monezi, Mestranda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Campinas - Brasil

Graduação em Enfermagem.

Fernanda Mota Rocha, Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Campinas - Brasil

Mestra em Enfermagem pela Universidade de são Paulo

Isabela Oliveira de Almeida, Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Campinas - Brasil

Mestra em Ciências da Saúde

Giovanne Bento Paulino, Doutorando em Enfermagem pela Universidade Estadual de Campinas - Brasil

Mestre em Enfermagem

Debóra Souza Santos, Professora no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas - Brasil

Doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo.

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Publicado

2024-03-05

Cómo citar

Luz, R. S. da, Dias, A. P. de O., Monezi, N. de S., Silva, R. G. da, Rocha, F. M., Almeida, I. O. de, Paulino, G. B., & Santos, D. S. (2024). IMAGENS DE CONTROLE E ACESSO DE MULHERES NEGRAS À SAÚDE. Práticas E Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 5, e19101. https://doi.org/10.5281/zenodo.13826185

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