NOTAS PRELIMINARES PARA A DESCOLONIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL
Palabras clave:
Educação em saúde, Racismo, Saúde Pública, Educação Profissional em Saúde PúblicaResumen
Introdução: iniciamos este trabalho com um breve relato de caso de nossa experiência vivida junto a uma escola pública em um município baiano, desenvolvida através de um componente curricular teórico-prático do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, como forma de ensejar as discussões empreendidas sobre descolonização da Educação em Saúde no Brasil. Método: Trata-se de um ensaio teórico. Objetivo: refletir sobre alguns dos desafios postos ao campo da Educação em Saúde, à luz de perspectivas decoloniais e dos estudos sobre relações raciais e subjetividades. Resultados: apontamos como o bancarismo, o verticalismo e o autoritarismo nas práticas de educação sanitária herdaram a tecnologia pedagógica do convencimento destinada aos povos subalternizados no Brasil Colonial, garantindo a sobrevivência desse dispositivo de racialidade. Avançamos esboçando aproximações entre Paulo Freire, Frantz Fanon e Exu e apontamos como a Educação Popular assume como principal empreendimento teórico a análise das desigualdades sustentadas em classe, embora a todo o instante seus principais proponentes estejam falando, ainda que nem sempre abertamente, sobre raça e descolonização. Conclusão: indicamos alguns horizontes político-pedagógicos que podem contribuir para a reorientação da formação em saúde a partir das encruzilhadas.
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