MORBIMORTALIDADE INFANTIL POR DOENÇA FALCIFORME NO ESTADO DA BAHIA DE 2010 A 2018

Autores/as

Palabras clave:

Doença falciforme, Mortalidade, Crianças, Adolescentes, Bahia

Resumen

Introdução: A doença falciforme (DF) é causada por uma mutação no gene da globina beta hemolítica, resultando em uma hemoglobina anormal. É considerada uma das doenças hereditárias mais comuns no mundo. Devido às complicações, apresenta elevados índices de morbimortalidade, especialmente nos primeiros anos de vida e os óbitos se concentram nos primeiros dois anos. Objetivo: Descrever os aspectos epidemiológicos da morbimortalidade em crianças e adolescentes com DF no estado da Bahia no período de 2010 a 2018. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, cujos dados da morbimortalidade de 0 a 19 anos por DF registrados no estado da Bahia, nos anos de 2010 a 2018, foram obtidos por meio de consulta ao SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade – SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), acessado em 13/08/2020. As variáveis estudadas foram: faixa etária, sexo, ano do óbito e cor/raça. Resultados: As mortes por DF na Bahia no período de 2010 a 2018 de crianças e adolescentes até 19 anos se concentraram na faixa de 15 a 19 anos em indivíduos de ambos os sexos, considerados pardos. Os municípios em destaque foram Salvador e Feira de Santana. O mesmo CID foi utilizado para as causas de todos os óbitos por DF. Conclusão: A Bahia é o estado com a maior prevalência de DF do Brasil e os resultados apontam para a necessidade de elaboração e implementação de políticas públicas direcionadas à essa população com vistas a redução da morbimortalidade pela doença.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Lea Barbetta Pereira da Silva, Professora na União Metropolitana de Educação e Cultura - Brasil

Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Professora na Universidade Estadual de Feira de Santana. Líder do Grupo de Pesquisa Firmina- Educação Física: Empoderamento e Saúde da População Negra

Déborah Hyanna Ché E Ché, União Metropolitana de Educação e Cultura - Brasil

Graduada em Medicina

Lorena Moreira Fagundes De Azevedo, Coordenadora de Saúde na Organização Não-Governamental Liga do Bem - Brasil

Graduada em Medicina pela União Metropolitana de Educação e Cultura

Maíra Santana Dos Santos, União Metropolitana de Educação e Cultura - Brasil

Graduada em Medicina

Virgílio Augusto Pereira Curi, União Metropolitana de Educação e Cultura - Brasil

Graduado em Medicina. Pesquisador no Grupo de Pesquisa Firmina- Educação Física: Empoderamento e Saúde da População Negra.

Amanda Queiroz Lemos, Professora na União Metropolitana de Educação e Cultura - Brasil

Mestre em Medicina e Saúde Humana pela Universidade Federal da Bahia.

Citas

Brasil. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Doenças Falciformes. Brasília: ANVISA, 2001. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/anvisa/diagnostico.pdf

Lira AS. Necropolítica e doença falciforme: ensaio sobre a invisibilidade e racismo estrutural na saúde. In: Trad LAB, Silva HP, Araújo EM, Nery JS, Sousa AM. Saúde-Doença-Cuidado de Pessoas Negras Expressões do Racismo e de Resistência. Salvador: Edufba; 2021. p. 77- 91.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria do Ministério da Saúde no 822, de 6 de junho de 2001. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 7 jun. 2001. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ gm/2001/ prt0822_06_06_2001.html

Cançado DR, Jesus AJ. A Doença Falciforme no Brasil. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. 2007;29(3):204-206. https://www.scielo.br/j/rbhh/a/NHyThBfzrf3ZSQDwD5M8Zmp/?lang=pt

Obeagu EI, Ochei KC,Nwachukwu BN, Nchuma BO. Sickle Cell Anaemia: A Review. Scholars Journal of Applied Medical Sciences. 2015; 3(6B):2244-2252.

Martins MMF, Teixeira MCP. Análise dos gastos das internações por anemia falciforme no estado da Bahia. Cadernos de Saúde Coletiva. 2017;25(1):24-30.

Martins PRJ, Souza HM, Silveira TB. Morbimortalidade em doença falciforme. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;32(5):378-383. https://www.scielo.br/j/rbhh/a/yBmHWpGfcLGfrB7VdCLGdTG/?lang=pt

Marques T, Vidal AS, Braz AF, Teixeira MLH. Perfil clínico e assistencial de crianças e adolescentes com doença falciforme no Nordeste Brasileiro. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. 2019;19(4): 889-896. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292019000400881&lng=en&nrm=iso

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria Conjunta no 05, de 19 de fevereiro de 2018. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença Falciforme. https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/fevereiro/22/Portaria-Conjunta-PCDT-Doenca-Falciforme.fev.2018.pdf

Vieira AK, Alvim CG, Carneiro MCM, Ibiapina CC. Pulmonary function in children and adolescents with sickle cell disease: have we paid proper attention to this problem? J Bras Pneumol. 2016;42(6):409-415. http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37562016000000057

Sarat CNF, Ferraz MB, Junior MAF, Filho RACC, Souza AS, Cardoso AIQ, Ivo ML. Prevalência da doença falciforme em adultos com diagnóstico tardio. Acta Paul. Enferm. 2019; 32(2):202-209. https://doi.org/10.1590/1982-0194201900028.

Figueiró AVM, Ribeiro RLR. Vivência do preconceito racial e de classe na doença falciforme. Saúde Soc. São Paulo. 2017; 26(1):88-99. https://www.scielo.br/j/sausoc/a/5MxwBMXyqpfXk4BMsvW8nCf/?lang=pt

Brasil. Ministério da Saúde. Doença falciforme: conhecer para cuidar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015. http://bit.ly/2jM8gpN

Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Brasil 2006: uma análise da situação de saúde no Brasil. Ministério da Saúde, Brasília, DF, 2006. http://bit.ly/2jE7aIk

Ramos JT, Amorim FS, Pedroso KSF, Nunes ACC, Rios MA. Mortalidade por doença falciforme em estado do nordeste brasileiro. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro. 2015; 5(2):1604-1612. http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/859/862

Santana DM, Reis EKA, Santana RS, Nascimento SS, Santos JB, Santos CF. Mortalidade por transtornos falciformes no estado da Bahia no período de 2012 a 2016. Revista Eletrônica Acervo Saúde / Electronic Journal Collection Health. 2020; 12(12):2-8.

Paixão M, Rossetto I, Montovanele F, Carvano LM. Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil: 2009-2010. Constituição Cidadã, seguridade social e seus efeitos sobre as assimetrias de cor ou raça. 2010. https://www.palmares.gov.br/wp-content/uploads/2011/09/desigualdades_raciais_2009-2010.pdf

Figueiredo JO. Morbidade e mortalidade por doença falciforme em Salvador, Bahia. [Dissertação]. Mestrado em Saúde Coletiva, Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. 2017.

Vilela RB, Caldas LC, Santos BC, Almeida AC, Silva MA, Santos SJ. Doença falciforme: as faces do estigma e do preconceito na construção da vulnerabilidade social. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. (Supl.): 2021; 34:13432.

Publicado

2023-05-04

Cómo citar

Silva, L. B. P. da, Ché E Ché, D. H. ., Azevedo, L. M. F. D., Santos, M. S. D. ., Curi, V. A. P., & Lemos, A. Q. . (2023). MORBIMORTALIDADE INFANTIL POR DOENÇA FALCIFORME NO ESTADO DA BAHIA DE 2010 A 2018. Práticas E Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 4, e14226. Recuperado a partir de https://revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/14226

Número

Sección

Artículos (FLUJO CONTINUO)

Artículos más leídos del mismo autor/a