RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PESQUISA COM JOVENS COM DOENÇA FALCIFORME DE FEIRA DE SANTANA-BAHIA

Autores

Palavras-chave:

Doença falciforme, Crianças, Adolescentes, Aptidão física

Resumo

No Brasil, onde o racismo mata indiscriminadamente, ocupamos sem dúvida o patamar de um número de óbitos alarmantes, seja por arma de fogo, pelas mãos do estado, de fome e da falta de atendimento e assistência básica de saúde. A doença falciforme (DF) não é uma doença rara e nos compete a visibilidade dos índices em Feira de Santana. Objetivo: relatar a experiência de uma pesquisa de doutorado que avaliou a aptidão física e biomarcadores em crianças e adolescentes com DF no município de Feira de Santana. Resultados: 30 jovens participaram e todos se autodeclararam pretos e pardos, com renda familiar de até dois salários-mínimos mensais. O desempenho na avaliação da caminhada foi considerado moderadamente reduzido para 50%, normal para 33,3% e gravemente alterado para 16,7% dos participantes. Os testes motores também apresentaram níveis abaixo das referências para indivíduos sem a doença na mesma faixa etária: 80% fracos para força de membros superiores; 75% fracos para força de membros inferiores e 90% fracos para agilidade. Conclusão: A baixa renda das famílias que pertencem à população negra, revelaram a situação de pobreza e as dificuldades para se dirigirem ao centro de referência. Condições clínicas desfavoráveis como baixa saturação periférica de oxigênio em repouso e palidez também foram verificadas. A observação mais marcante foi o relato de fome de algumas famílias. Mesmo enfrentando a distância e as dificuldades para chegarem ao centro de saúde no dia das avaliações, mães e crianças revelaram que não tinham se alimentado até o momento da pesquisa.

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Biografia do Autor

Lea Barbetta Pereira da Silva, Professora na Universidade Estadual de Feira de Santana - Brasil

Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Líder do Grupo de Pesquisa Firmina- Educação Física: Empoderamento e Saúde da População Negra

Ivanilde Guedes de MAttos, Professora na Universidade Estadual de Feira de Santana - Brasil

Doutora em Educação pela Universidade do Estado da Bahia. Líder do Grupo de Pesquisa Firmina- Educação Física: Empoderamento e Saúde da População Negra

Carine de Lima Borges, Mestranda em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana - Brasil

Especialista em Fisioterapia no tratamento da postura e da dor pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Pesquisadora no Grupo de Pesquisa COGITARE- Pesquisas sobre representações, práticas de cuidado e
segurança na saúde de grupos em vulnerabilidade

Gabriela Silva Santos, Mestranda em Educação pela Universidade Estadual de Feira de Santana - Brasil

Licenciada em Educação Física pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Pesquisadora no Grupo de Pesquisa Firmina- Educação Física: Empoderamento e Saúde da População Negra

Valter Abrantes Pereira da Silva, Professor na Universidade do Estado da Bahia - Brasil

Mestrado em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília. Pesquisador no Grupo de Pesquisa Firmina- Educação Física: Empoderamento e Saúde da População Negra

Evanilda Souza de Santana Carvalho, Professora na Universidade Estadual de Feira de Santana - Brasil

Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. Líder do Grupo de Pesquisa COGITARE- Pesquisas sobre representações, práticas de cuidado e segurança na saúde de grupos em vulnerabilidade

Referências

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Publicado

2022-12-23

Como Citar

Silva, L. B. P. da, MAttos, I. G. de, Borges, C. de L., Santos, G. S., Silva, V. A. P. da, & Carvalho, E. S. de S. (2022). RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PESQUISA COM JOVENS COM DOENÇA FALCIFORME DE FEIRA DE SANTANA-BAHIA. Práticas E Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 3, e14084. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/14084

Edição

Seção

Dossiê Temático SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA: PRÁTICAS E REFLEXÕES CONTRA-HEGEMÔNICA

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