OS CÍRCULOS EPISTEMOLÓGICOS COMO ESTRATÉGIAS NOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES CAMPESINOS NO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR
Palavras-chave:
Estudantes Campesinos. Círculos Epistemológicos. Inclusão Social. Ensino Superior.Resumo
Neste artigo, apresentamos parte de uma pesquisa de mestrado, desenvolvida numa Escola do Campo do Ensino Médio, sobre o protagonismo dos estudantes, inclusão social e o processo de mobilização da organização coletiva, como estratégia de aprendizagem para o acesso ao ensino superior. O objetivo é analisar acerca das potencialidades dos Círculos Epistemológicos na construção de estratégias metodológicas de aprendizagem, comprometidas com a transformação social dos estudantes campesinos, na orientação e mobilização para o acesso ao ensino superior. A metodologia consistiu em uma pesquisa do tipo Participante, com a centralidade nos procedimentos metodológicos baseados nos Círculos Epistemológicos (Romão, 2006). As análises foram fundamentadas nos estudos de Freire (1987) e Pistrak (2011). Esses, dentre outros aportes teóricos, contribuíram para a reflexão de como os estudantes campesinos são colocados longe das universidades, mas também, como se percebem enquanto sujeitos transformadores da realidade em que estão inseridos. Nesse sentido, concluímos, afirmando que o longo processo de negação e exclusão do direito à educação de qualidade aos camponeses necessita de uma cultura acadêmica, que considere as especificidades socioculturais campesinas, na superação das desigualdades educacionais. Os Círculos Epistemológicos possibilitaram a construção de espaços dialógicos, de reconhecimento, troca e valorização de conhecimentos.
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