FORMAR LEITORES DOCENTES: EXPERIÊNCIAS DIALÓGICAS E TRÂNSITOS ENTRE MUNDOS

Autores

Palavras-chave:

formação de leitores, formação docente, conversação, trânsito entre mundos

Resumo

 Este artigo tem por objetivo argumentar em favor da relevância das práticas de formação leitora, voltadas aos docentes em exercício, como forma de qualificar o ensino de leitura e de literatura na educação básica. Para isso, apresenta parte de um estudo etnográfico em que se investigou uma política pública de formação docente implementada pelo governo da cidade de Buenos Aires, entre os anos de 2001 e 2011. A partir de análises dos documentos que registram o planejamento e a execução do curso, ao lado de entrevistas realizadas com alunos egressos, defende-se uma formação baseada no diálogo entre leitores e na motivação para o trânsito entre obras e modos de ler, como fatores fundamentais para a formação do leitor docente. Nesse sentido, as discussões apresentadas buscam aporte teórico em autores como Chambers (2008), Barthes (2004, 2015), Colomer (2007) e Montes (2017), os quais defendem práticas que incluam os afetos como fundamento para a vinculação entre leitores e obras literárias. A pesquisa se inscreve como parte das investigações do projeto “Escutar o leitor: leitura e subjetividade em depoimentos de licenciados e professores de língua materna”.

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Biografia do Autor

Sheila Oliveira Lima, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Professora do Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas - Centro de Letras e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Londrina (UEL)

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Publicado

2022-12-29

Como Citar

Lima, S. O. (2022). FORMAR LEITORES DOCENTES: EXPERIÊNCIAS DIALÓGICAS E TRÂNSITOS ENTRE MUNDOS . Diálogos E Diversidade, 2, e15761. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/rdd/article/view/15761

Edição

Seção

Dossiê temático: Práticas leitoras na contemporaneidade