Encarcerados “abrem suas almas”: reflexões a partir dos escritores da Revista a Estrêla

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n15.p1318-1336

Resumo

Utilizando como objeto/fonte de pesquisa a revista A Estrêla: Órgão da Penitenciária Central do Distrito Federal, o objetivo deste trabalho é pensar nos assuntos abordados pelos seus escritores privados de liberdade e o que nos revelam. Que discursos esses sujeitos evocam e como a escrita se configura como uma forma de expressar sentimentos? Como o cotidiano na prisão é abordado e suscitam práticas e discussões acerca do sistema penitenciário brasileiro na década de 1950? O que revela A Estrêla sobre o nível de escolaridade dos internos? Diante do exposto, busco interpretar como os apenados escritores “abrem suas almas”, evidenciam suas subjetividades e como revelam que as contradições existentes no sistema prisional não eram pauta do periódico aqui estudado. Fundamento esta análise em autores como Ana Mignot (2002) e Veronica Sierra Blas (2016) que abrem perspectivas para se pensar nos sentidos das escritas de si no cárcere e Augusto Thompson (2002), que possibilita uma análise acerca da complexidade do sistema penitenciário. Nesse sentido, a relevância do presente artigo se configura por trazer à tona sujeitos quase invisibilizados pelas pesquisas acadêmicas e por revelar algumas dificuldades e poucos avanços do sistema prisional brasileiro ao longo da nossa história recente.

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Biografia do Autor

Daiane Tavares, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Educação pela Universidade do Estado do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e realizou doutorado sanduíche na Universidade de Alcalá, Espanha. Atuou como professora substituta na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), na Uerj e como consultora do Ministério da Educação (MEC).

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Publicado

2020-10-11

Como Citar

TAVARES, D. Encarcerados “abrem suas almas”: reflexões a partir dos escritores da Revista a Estrêla . Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 5, n. 15, p. 1318–1336, 2020. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n15.p1318-1336. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/9736. Acesso em: 29 mar. 2024.