"Oi Iv, como vai? Boa sorte na escola!" notas (auto)biográficas constitutivas da história de vida de um educador
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n13.p91-104Palavras-chave:
Narrativa, História de vida, (Auto)biografiaResumo
O artigo trata de relações entre estórias e histórias de vida, abordando para isso possibilidades de interlocução entre ideias já debatidas sobre aprendizagem narrativa e sobre a experiência benjaminiana. Como empeiria, revisita notas (auto)biográficas de um dos autores, originadas de uma entrevista concedida e publicada em 2015, onde sua infância narrada aponta para um tempo futuro no qual o educador mantém seu senso de propósito de justiça social. A história de vida desse educador, agora configurada em mônadas benjaminianas, possibilita reflexões sobre a natureza da (auto)biografia que se fortalece como ponto de partida no sentido da luta por uma educação que favoreça a valorização de aprendizagens tribais transmutadas em aprendizagens narrativas calcadas em sentimentos, sonhos e compaixão. Com essas considerações, pelo menos duas vertentes teórico-metodológicas que operam com conceitos de narrativas são conjugadas: aquela proposta por Ivor Goodson e aquela advinda da contribuição intelectual de Walter Benjamin. Aproximar tais perspectivas de diferentes origens, mas de propósitos convergentes, configura-se numa fecunda oportunidade de pensar a educação como forma de resistência e transformação num mundo marcado pela desigualdade social.