Entre cadernos e pincéis: a obra inacabada na educação da princesa “flor”
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2018.v3.n8.p578-590Palavras-chave:
Princesa Maria Amelia, Educação de crianças nobres, Cartas pessoais, Escritas íntimas, Império do Brasil.Resumo
O trabalho tem como foco recompor aspectos biográficos da princesa Maria Amélia, conhecida como a “princesa Flor”, sobretudo, procurando analisar parte da esmerada educação que recebeu, tendo em vista o lugar presumível que ocupava naquele momento histórico, decorrente de seu parentesco muito próximo com o imperador do Brasil e com a rainha de Portugal, ambos seus meios-irmãos. Em um plano mais específico, são abordadas as cartas escritas pela princesa Maria Amélia para o irmão, Pedro II, nos anos de 1838 a 1853, que faziam parte de um programa de educação das crianças nobres, cuja “arte” epistolar era um dos conhecimentos a serem adquiridos, desde os primeiros ensinamentos. Os procedimentos metodológicos referem-se a um estudo baseado em fontes histórico-documentais e bibliográficas, com destaque para autores que já se debruçaram sobre a vida da princesa Maria Amélia, assim como jornais contemporâneos ao período estudado, especificamente, o Jornal O Panorama, publicado na cidade de Lisboa, no exemplar datado do ano de 1853. A princesa-Flor revelou uma excepcional formação, expondo nos salões europeus a educação esmerada que recebeu, enaltecida nos meios aristocráticos. Contudo, sua vida foi precocemente ceifada pela tuberculose, deixando profunda dor na duquesa de Leuchtenberg, assim como no irmão, que manteve com ela uma constante e fraterna correspondência.
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