Selfie e a tessitura de imagens e currículos individuaiscoletivos nas/com as redes educativas
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2017.v2.n6.p549-564Palavras-chave:
Selfie, Percepção, Corpo, Conexão, Memória, Tessitura do presente.Resumo
Este artigo trabalha com o objetivo de pensar as propriedades de um campo especial de imagens conhecido como selfie, o qual, mais do que um registro fotográfico de si próprio, caracteriza-se pela busca de autoapresentação e conexão com o outro, em redes sociais digitais. Metodologicamente, a partir de pesquisas bibliográficas e iconográficas, analisa as mudanças que sua produção e distribuição provocam na percepção, de modo a produzir um sensorium que é acompanhado de novas configurações, éticas e estéticas, marcadas por uma forte exposição de si, bem como por um afrouxamento de tabus sobre a intimidade, inserindo o corpo no processo de comunicação e, dessa forma, na tessitura das narrativas do presente. As configurações atuais também desarticulam questões referentes à representação que, por muito tempo, dominaram os debates relativos à imagem. Para concluir, sugere que a prática de fazer, divulgar, compartilhar e comentar selfies é complexa e paradoxal, por não ser apenas individual, mas também fruto de modelizações, de memórias, de retóricas e de maneiras de narrar e constituir currículos individuaiscoletivos, em processos de permanente criação de si e de mundos.
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